A conferência de líderes parlamentares vai reunir-se na quarta-feira para discutir o pedido do Chega para um debate de urgência sobre a coordenação do combate aos incêndios com a presença do primeiro-ministro e da ministra da Administração Interna.

De acordo com fonte oficial do gabinete do presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco convocou uma reunião extraordinária da conferência de líderes para as 15:00 de quarta-feira para discutir a proposta do Chega, que pretende debate com Luís Montenegro e Maria Lúcia Amaral no parlamento sobre a coordenação do combate aos incêndios.

A mesma fonte disse que a reunião contará com a participação presencial de Aguiar-Branco, podendo os representantes dos partidos marcar presença via remota.

O Chega pediu esta segunda-feira um debate de urgência no parlamento sobre a coordenação do combate aos incêndios com a presença do chefe do Governo, Luís Montenegro, e da ministra da Administração Interna, Maria Lúcia Amaral, anunciou o líder do partido.

"O Chega pediu hoje uma reunião de urgência do plenário, é algo, enfim um pouco fora do habitual neste período, mas o Chega entende que se justifica, para que o senhor primeiro-ministro e a ministra da Administração Interna possam ir ao parlamento explicar porque geriram tão mal esta crise, porque é que o mecanismo europeu de proteção civil só foi ativado naquele momento e não foi antes", disse André Ventura no Cadaval.

O pedido do Chega surge depois de o presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, ter recusado uma proposta idêntica do deputado único do JPP, alegando que só os grupos parlamentares podem requerer este tipo de discussões.

No requerimento enviado esta segunda-feira ao presidente da Assembleia da República, o Chega pede a marcação de uma sessão plenária ou, em alternativa, uma reunião extraordinária da comissão permanente, o órgão que substitui o plenário em tempo de férias parlamentares.

Para o Chega, é preciso "fazer o escrutínio da atividade do Governo, mas também que as populações tenham resposta para as várias questões que se têm colocado e que o Governo não tem dado resposta, nomeadamente qual a razão do atraso na ativação do Mecanismo Europeu de Proteção Civil", lê-se no requerimento.