
Carlos Moedas apresentou esta segunda-feira de manhã a lista candidata à Câmara Municipal de Lisboa (CML). A equipa integra nomes da coligação entre o PSD, CDS e Iniciativa Liberal, bem como três independentes. Gonçalo Reis, ex-presidente da RTP e deputado em 2022, ocupa agora o 2.º lugar da lista, substituindo Filipe Anacoreta Correia. Entre os nomes que se mantêm está Diogo Moura, do CDS, agora em 5.º lugar, depois de ter sido afastado por suspeitas de fraude eleitoral.
Em entrevista à SIC Notícias, Carlos Moedas afirmou que esta é uma lista que representa um "novo ciclo" e considera ser "a melhor lista para servir os lisboetas neste momento".
"É uma lista de excelência, composta por pessoas com grande experiência na gestão pública. É, por isso, uma lista com elementos com competências em várias áreas — desde a cultura ao urbanismo, passando pela engenharia. Temos uma equipa de pessoas com grande valor."
"Tive a sorte de contar com o consenso necessário para escolher pessoas que não pertencem a partidos. Três dessas pessoas, que certamente serão eleitas, não têm filiação partidária. São grandes profissionais, moderados, e é precisamente isso que eu procuro: pessoas moderadas num mundo cada vez mais polarizado", continua o atual autarca da capital.
Alerta para uma sociedade que "se está a dividir entre a extrema-direita e a extrema-esquerda", numa altura em que os partidos moderados se vão aproximando desses extremos.
Campanha (só) sobre segurança e habitação?
Temas como a segurança e a habitação têm estado em destaque entre os candidatos autárquicos à capital lisboeta nos últimos meses. Carlos Moedas sublinha que a sua campanha eleitoral se centrará no trabalho realizado na autarquia ao longo dos últimos quatro anos e nas propostas que pretende concretizar caso seja eleito para um segundo mandato.
"Lisboa continua a ser uma cidade segura, mas temos de nos precaver. Tenho aqui um papel importante: exigir ao Governo mais efetivos para a Polícia Municipal, e estarei sempre aqui a bater o pé pelos lisboetas", frisa Carlos Moedas.
E a saída de Filipa Roseta?
Este ano, Carlos Moedas escolheu apenas um vereador para um lugar elegível: Diogo Moura. Da sua equipa sai Filipa Roseta, vereadora da Habitação e das Obras Municipais, filha de Helena Roseta, autora da Lei de Bases da Habitação.
Sobre esta saída, o autarca lisboeta refere apenas que se trata de um "novo ciclo", que exige uma "nova equipa" capaz de trazer "sangue novo". Garante que não houve qualquer falha, mas considera que a equipa atual é melhor do que a anterior e que, neste momento, são necessárias ideias novas e uma nova energia.
“Aquilo que ela sofreu com os ataques que lhe foram feitos. Ela é, e eu afirmo aqui, a vereadora que mais fez pela habitação nos últimos 30 anos. É um agradecimento que lhe devo para toda a vida”, finaliza.