O novo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou na segunda-feira dois decretos em Washington que estabelecem taxas alfandegárias de 25% sobre o aço e o alumínio, "sem exceção ou isenção".
As novas regras vão afetar o aço e o alumínio, independentemente da sua origem, incluindo os parceiros económicos que anteriormente beneficiavam de isenções (Argentina, Austrália, Canadá, México, União Europeia e Reino Unido).
O Japão poderá perder a isenção de que beneficia para o aço e derivados.
Em 2022, o país obteve uma quota para 1,25 milhões de toneladas de aço por ano destinadas aos Estados Unidos. Em relação ao alumínio, o Japão está atualmente sujeito a taxas alfandegárias de 10%.
"Estamos cientes da emissão do decreto presidencial sobre taxas alfandegárias adicionais sobre o aço e o alumínio (...). Solicitámos ao Governo norte-americano que exclua o nosso país destas medidas", disse Yoshimasa Hayashi aos jornalistas.
O pedido foi feito pela embaixada japonesa nos Estados Unidos, disse o porta-voz.
"O Japão estudará cuidadosamente o conteúdo das medidas e o seu impacto no nosso país e tomará as medidas necessárias", acrescentou Hayashi.
O Canadá e a União Europeia denunciaram a imposição das taxas alfandegárias na terça-feira, enquanto a Coreia do Sul e o Reino Unido enfatizaram a disponibilidade para cooperar com Washington.
O primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese, por sua vez, garantiu que Donald Trump "concordou que fosse considerada uma isenção" para o seu país.
O México, por seu turno, apelou ao Presidente norte-americano para não destruir os equilíbrios comerciais e de crescimento da América do Norte.
Durante o primeiro mandato (2017-2021), o líder norte-americano impôs tarifas de 25% sobre o aço e de 10% sobre o alumínio, mas depois concedeu quotas isentas de impostos a vários parceiros comerciais, incluindo Canadá, México, Austrália e Brasil.
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