![Samoa acusa piratas informáticos ligados à China de ataques informáticos](https://homepagept.web.sapo.io/assets/img/blank.png)
A Equipa Nacional de Resposta a Emergências Informáticas (SamCERT) de Samoa afirmou, num relatório, que o grupo ATP40, descrito como um grupo "patrocinado pelo Estado" chinês, representa uma "séria ameaça" para a região.
"A atividade recente observada pela SamCERT sugere a existência de campanhas que visam especificamente as redes alojadas no Pacífico (...) com o objetivo de extrair dados sensíveis", referiu o comunicado.
A Austrália, entre outros países, associou diretamente o ATP40 ao Ministério da Segurança do Estado da China, num relatório publicado em 2024.
As autoridades de Samoa também afirmaram que o grupo, que já foi acusado de realizar ataques cibernéticos na Austrália e nos Estados Unidos, tem como alvo redes críticas em várias nações insulares do Pacífico, incluindo Samoa.
Camberra alertou em 2024 para o facto de o ATP40 ter obtido acesso aos computadores das agências do Fórum das Ilhas do Pacífico, de onde alegadamente recolheram informações sobre as suas comunicações internas.
Nos últimos anos, os governos da Papua Nova Guiné, Tonga e Vanuatu reconheceram ter sofrido ataques informáticos, enquanto no ano passado as autoridades de Palau, que tem relações diplomáticas com Taiwan, acusaram Pequim de orquestrar um ataque informático maciço às suas redes informáticas.
A China sempre negou a sua ligação à APT40 e qualquer responsabilidade por estes ciberataques.
Os Estados Unidos e a Austrália, aliado norte-americano estratégico na Oceânia, redobraram nos últimos anos o seu interesse por várias nações insulares na região do Pacífico, outrora esquecida, desde que a China assinou um pacto de segurança com as Ilhas Salomão, em abril de 2022.
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