
Marius Borg Høiby, filho da princesa Mette-Marit da Noruega e enteado do príncipe herdeiro da Noruega, Haakon, teve recentemente o passaporte diplomático revogado, confirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros norueguês, citado pelo jornal “Daily Mail”.
A decisão foi tomada depois de Marius Borg Høiby, de 28 anos, ter passado cinco dias de férias em Portugal com o padrasto herdeiro Haakon, e com o meio-irmão, o príncipe Sverre Magnus, de 19 anos.
De acordo com o jornal norueguês “Se og Hør”, as razões que pelas quais tiveram que entregar o passaporte não são conhecidas. Mas o documento, que permitia o tratamento privilegiado em aeroportos, não deveria ser usado em viagens privadas. Høiby tê-lo-á feito durante férias e deslocações internacionais, incluindo por Portugal, Cannes, Itália e Mónaco.
Acusações graves contra Marius
Marius Borg Høiby, filho de um casamento anterior da princesa herdeira Mette-Marit da Noruega, enfrenta 32 acusações graves, incluindo quatro crimes de violação e ainda de violência doméstica ou filmagem de mulheres sem consentimento, após uma investigação que durou mais de um ano.
Entre os casos mais mediáticos está o de Linni Meister, personalidade norueguesa, que acusa Høiby de violação em 2018 durante uma festa no castelo de Skaugum."Marius não leva nada a sério", "Tudo é como um jogo para ele.", afirmou Linni, de acordo com o jornal "Daily Mail".
Høiby vive atualmente separado da família real norueguesa, reside próximo do castelo, continua em liberdade enquanto aguarda julgamento e tem um histórico de consumo de drogas, incluindo cocaína, e períodos em centros de reabilitação no Reino Unido.
O jovem de 28 anos, que não possui título real nem funções oficiais, esteve sob investigação desde a sua primeira detenção em agosto de 2024, tendo sido preso ainda em setembro e novembro do mesmo ano. Entre as acusações estão ainda vandalismo, perturbação da ordem pública, violação de ordens de restrição e violência contra ex-parceiras.
De acordo com o procurador público Sturla Henriksbo, a pena máxima pelos crimes indicados pode atingir os 10 anos de prisão. “São atos muito graves que podem deixar cicatrizes duradouras e destruir vidas”, afirmou, sublinhando que o facto de Høiby ser membro da família real não irá influenciar a aplicação da lei.
As alegadas quatro violações ocorreram em 2018, 2023 e 2024, esta última depois de ter começado a investigação criminal. Høiby já admitiu a agressões e vandalismo no incidente (suspeita de agressão) de agosto de 2024, e afirmou ter agido “sob a influência de álcool e cocaína após uma discussão”, além de sofrer “problemas mentais” e dificuldades com “abuso de substâncias”, de acordo com a BBC News.
A Casa Real da Noruega limitou-se a afirmar que o caso segue o seu curso legal, sem acrescentar mais comentários. A investigação incluiu inúmeras entrevistas com testemunhas, buscas e análise de extenso material digital, segundo o Distrito da Polícia de Oslo.
Algumas acusações foram arquivadas por prescrição ou falta de provas, mas o advogado de Høiby, Petar Sekulic, afirmou que o cliente leva as acusações “muito a sério” e não reconhece a maioria das acusações, especialmente no que diz respeito a crimes sexuais e violência.
Texto escrito por Nadja Pereira e editado por João Miguel Salvador