Tom Phillips fugiu com os três filhos, agora com idades entre os nove e os 12 anos, em dezembro de 2021 - a polícia da Nova Zelândia entende que Phillips tomou essa decisão após perder uma disputa judicial com a ex-mulherpela guarda das crianças. Agora, quase quatro anos depois, a irmã e a mãe pedem publicamente o seu regresso e dos filhos, numa das primeiras declarações públicas sobre o caso, conta a BBC.

"Todos os dias, eu acordo com a esperança de que hoje será o dia em que vai voltar a casa. (...) Estou muito triste por ter precisado de fazer isto. Sem considerar todo o amor e todo o apoio que podemos dar", escreveu a mãe de Phillips. A irmã de Tom, Rozzi Phillips, que leu a mensagem da mãe, também disse que deseja novamente estar com o homem desaparecido há quatro anos. "Há muito amor, muito apoio, e estamos prontos para ajudar-te a superar o que for necessário", comentou em entrevista ao website Stuff, da Nova Zelândia.

Os quatro estarão escondidos na região de Waikato , onde há florestas densas, grutas e várias povoações dispersas. A família de Phillips tem origem em Marokopa, que tem menos de 100 habitantes.

O grupo terá sido avistado por várias vezes, a última das quais em outubro do ano passado, por um grupo de adolescentes que disse que Tom Phillips estaria armado e que as crianças teriam a cara tapada. Em maio de 2023 terá roubado uma agência bancária em Te Kūiti e, em novembro, uma mercearia.

A polícia revelou ter informação de que já comprou sementes e artigos de campismo, o que sugere que sobrevivem na natureza. De acordo com Rozi Phillips, Tom tem capacidades de construção e, por isso, é provável que tenha feito um abrigo para a família.

Já foi emitido um mandado de prisão em nome de Phillips, suspeito de envolvimento num assalto no norte do país. Uma recompensa de 80 mil dólares neozelandeses, equivalente a 40 mil euros, foi definida para quem fornecer informações sobre a localização da família. A capacidade do homem e dos filhos continuarem afastados da sociedade e das autoridades durante tanto tempo tem fascinado o país.

Artigo de João Sundfeld, editado por João Pedro Barros.