Confirmam-se as piores previsões quanto aos desaparecidos no naufrágio do iate de luxo Bayesian, na Sicília: as equipas de busca encontraram esta quarta-feira mais cinco corpos dentro da embarcação.
Foi preciso abrir um buraco no casco da embarcação para conseguir entrar no iate, que está deitado sobre um dos lados e com os pontos de acesso bloqueados por destroços.
Neste terceiro dia de operações, os mergulhadores, com a ajuda de dezenas de meios no local, e apoiados por robots, encontraram os corpos do presidente do banco Morgan Stanley International, Jonathan Bloomer, e a mulher Judy e do advogado Chris Morvillo e a mulher, Neda.
Na terça-feira já tinha sido encontrado o corpo do cozinheiro do iate, que também não sobreviveu à tragédia.
No naufrágio do Bayesian foram ainda resgatadas 15 pessoas com vida.
“Em meu nome e em nome dos meus colegas, gostaria de manifestar o mais profundo pesar às famílias das vítimas e apresentar-lhes as nossas condolências neste momento difícil”, afirma Salvo Cocina, diretor da Proteção Civil da Sicília.
As autoridades italianas estão a investigar o que terá provocado o naufrágio, que ocorreu na segunda-feira, e interrogaram durante mais de duas horas o capitão do iate, James Catfield, de 51 anos, de forma a tentar reconstruir o fatídico evento.
Para já, a teoria mais provável, tanto pelas imagens quanto pelos relatos dos sobreviventes, é que terá afundado por causa de uma tempestade súbita que se abateu sobre a região.
Nos testemunhos recolhidos pela polícia, os sobreviventes dizem que foi tudo muito rápido, que em poucos minutos o barco foi ao fundo, e que escaparam por milagre.
O Bayesian era uma embarcação de luxo, de 56 metros, com seis cabines, fabricada em 2008 em Itália. Segundo os operadores que alugavam o iate, uma semana a bordo podia custar cerca de 200 mil euros.
[Esta quarta-feira foi noticiado inicialmente que tinham sido encontrados todos os corpos dos desaparecidos do naufrágio. Mais tarde, veio a confirmar-se que ainda não foram recuperados todos os corpos]