"É inaceitável que tenhamos cidadãos, sejam eles quais forem, sujeitos a escutas durante quatro anos. Um partido liberal não tolera esta situação", acentuou Rui Rocha no encerramento da VIII Convenção Nacional da IL, que decorreu sábado e hoje no Europarque, em Santa Maria da Feira (distrito de Aveiro).

Antes da referência às notícias de que o ex-ministro socialista João Galamba foi escutado durante quatro anos, o líder liberal considerou "inadmissível" que existam em Portugal "cidadãos detidos mais tempo do que a lei permite".

"Percebo que toda esta tentativa de atacar o Ministério Público, de pôr em causa a justiça, de falar outra vez de uma reforma da justiça, que muitas vezes é um chavão para nada se fazer, tem um propósito", disse.

Para Rui Rocha, esse propósito é "fazer com que aqueles que hoje estão na mira da justiça pareçam inocentes".

"Não é essa a nossa função, determinar se são ou não inocentes", afirmou, embora reiterando que para a IL não é aceitável ter "cidadãos perseguidos pelo Estado".

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