O deputado madeirense Francisco Gomes, eleito pelo Chega Madeira À Assembleia da República, manifestou-se esta quarta-feira, 28 de Maio, “profundamente preocupado” com aquilo que considera ser “o processo de islamização em curso na Europa”, uma situação à qual diz que Portugal e a Madeira não estão imunes.

Em nota emitida, o parlamentar do Chega afirma que há uma "incompatibilidade entre os princípios da cultura islâmica e os da cultura ocidental", apelando a que o Governo da República assuma a "remigração" como resposta ao que entende ser a “imigração descontrolada em curso”.

É um choque de valores! Certas versões do Islão são incompatíveis com os direitos que definem a nossa sociedade, e, por isso mesmo, é um dever do Estado implementar a remigração de imigrantes cuja presença constitui um risco para a ordem pública e para a estabilidade do país. Francisco Gomes, deputado na Assembleia da República

Francisco Gomes defende que a "remigração" é uma resposta legítima e necessária em contextos como o actual, no qual, a seu ver, "a presença massiva de membros de uma cultura incompatível com o quadro de normas sociais portuguesas coloca em causa a segurança e o equilíbrio do território nacional".

A juntar a isto, o parlamentar defende que a imigração de países islâmicos "deve ser suspensa", pois, segundo diz, "não tem o mesmo grau de integração cultural, histórica e linguística" do que a imigração proveniente de países com os quais Portugal tem laços profundos, tais como o Brasil e os PALOP.

Não podemos tratar da mesma forma realidades distintas. Há uma imigração que partilha connosco história, língua e valores. Há outra que transporta visões opostas às nossas e que está a tentar transformar o país num terceiro-mundo. A primeira, interessa. A segunda, não traz nada de bom. Francisco Gomes, deputado na Assembleia da República

No que toca à Madeira, o deputado lamenta que o Governo Regional esteja a demonstrar “descuido” na gestão do fenómeno migratório. Francisco Gomes afirma que a "passividade das autoridades regionais" está a deixar a população “exposta a riscos graves”, numa realidade social que está "a ser alterada, sem controlo efectivo".

Estamos a ser transformados, sem que a maioria tenha dado consentimento. Se não travarmos este processo, a Madeira e o país vão perder a sua identidade em nome de uma cultura e de valores que não nos representam. Francisco Gomes, deputado na Assembleia da República