Entre alguns milhares de fiéis que hoje se juntaram para acompanhar a procissão, histórias de fé e promessas cumpridas marcaram o cortejo. Bruna Câmara caminhava de pés descalços, segurando uma pequena imagem de um bebé em cera. Cumpria uma promessa cujo motivo prefere guardar para si. A emoção era tanta que a voz lhe saía embargada.

Também José Manuel, devoto assíduo, não esconde a intensidade da sua ligação espiritual. Reza todos os dias, logo ao acordar, e fez questão de estar presente desde o início da celebração.

Na fila para integrar o cortejo seguia Lurdes, de 77 anos, com o sorriso de quem sente renascer tradições que teme ver perder-se. “O espírito e a devoção parecem estar de volta”, disse, com satisfação.

São rostos e gestos como estes que dão vida à fé partilhada por milhares de pessoas que, ano após ano, fazem deste dia um momento único de encontro religioso.

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