
Portugal continua sob condições meteorológicas extremas há 22 dias consecutivos, com temperaturas muito altas, baixa humidade e vento forte a criar um risco máximo de propagação de incêndios. Face ao cenário persistente, o Governo decidiu prorrogar a situação de alerta em todo o território continental até às 23h59 do próximo domingo, 17 de agosto.
A decisão foi tomada em conjunto por vários ministérios, incluindo Defesa Nacional, Administração Interna, Saúde, Ambiente e Agricultura, permitindo manter um dispositivo operacional reforçado, com aumento de ações de vigilância e fiscalização por parte da GNR, PSP e Forças Armadas.
Entre as medidas excecionais, mantém-se proibido o acesso, circulação e permanência em espaços florestais definidos nos Planos Municipais de Defesa da Floresta, bem como a realização de queimadas e queimas de sobrantes. Também continuam suspensos trabalhos agrícolas e florestais recorrendo a maquinaria suscetível de provocar ignições, exceto em casos de atividades essenciais e inadiáveis, como alimentação de animais, colheita ou rega em zonas sem risco de incêndio.
Está igualmente proibida a utilização de fogo-de-artifício e artefactos pirotécnicos, suspensas as autorizações já emitidas.
A prorrogação da situação de alerta implica ainda: reforço do patrulhamento e vigilância aérea, com meios das Forças Armadas; mobilização permanente de equipas de emergência médica, sapadores florestais e vigilantes da natureza; suspensão de folgas e possibilidade de interrupção de férias para agentes de segurança e meios de socorro; avisos à população sobre o perigo de incêndio rural pela Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.
Segundo o Governo, estas medidas têm contribuído para reduzir o número de ignições, apesar do elevado risco que se mantém em todo o território.