
A praia na Nazaré, que se encontrava interdita a banhos desde terça-feira, foi reaberta cerca das 23:00 desta quinta-feira, com base nos resultados das análises realizadas pelo Instituto Ricardo Jorge, anunciou a Câmara.
Na sequência dos resultados da análise à qualidade da água da praia da Nazaré, realizados pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), a partir de colheitas efetuadas no dia 13 de agosto pelos técnicos dos serviços de saúde pública da Unidade Local de Saúde de Leiria, foi determinado o levantamento da interdição "da prática balnear, com efeitos imediatos", avançou a Câmara da Nazaré, na sequência da informação recebida da Delegação Regional de Saúde do Centro da Direção Geral de Saúde (DGS) .
Num comunicado enviado à agência Lusa, o município acrescentou que "face a esta decisão, será providenciada a retirada dos avisos de interdição anteriormente afixados".
Na terça-feira, a zona norte da praia da Nazaré, no distrito de Leiria, foi interditada a banhos, devido a uma obstrução na conduta de saneamento, junto à Praça Manuel Arriaga, que provocou uma escorrência de efluentes durante cerca de hora e meia.
Na informação enviada ao presidente da Câmara da Nazaré, Manuel Sequeira, os serviços de saúde pública sublinharam que "será reforçada a monitorização da rede pelas equipas competentes do município, de forma a prevenir ou detetar precocemente eventuais situações que possam conduzir a nova contaminação", pode ler-se no comunicado.
No mesmo texto, a Unidade Local de Saúde (ULS) de Leiria esclareceu que continuará a assegurar a vigilância regular da qualidade da água balnear.
Esta foi a segunda interdição da praia a banhos desde o início do mês, depois de em 01 de agosto os banhos terem sido proibidos devido a uma descarga nos esgotos pluviais.
Na sequência do incidente, 116 pessoas foram assistidas na Unidade Local de Saúde (ULS) da Região de Leiria com sintomas relacionados com a contaminação da água.
Na quarta-feira, a ULS da Região de Leiria comunicou esta segunda interdição de banhos "não se registou um aumento de afluência aos Serviços de Urgência com sintomas gastrointestinais, resultado da atuação preventiva que desaconselhou de imediato o contacto com a água".
A Câmara da Nazaré indicou, também na quarta-feira, não afastar a hipótese "de sabotagem" na conduta de saneamento e reconheceu a necessidade urgente de um investimento na substituição do sistema com cerca de 60 anos.
Com Lusa