O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou esta quarta-feira que tem acompanhado “permanentemente” a evolução dos incêndios em Portugal, alertando que a próxima sexta-feira poderá representar um momento crítico devido a uma “convergência de condições meteorológicas e físicas” que favorecem a permanência e o agravamento das chamas.

Após uma reunião com o primeiro-ministro, Luís Montenegro, em Faro, Marcelo sublinhou que o país atravessa um período de risco elevado, fruto de um agravamento das condições meteorológicas desde o final de julho e início de agosto, situação que “continua” e deve ser assumida com clareza perante os portugueses.

O chefe de Estado referiu ainda que Portugal partilha este cenário com outros países europeus, como Espanha, e lembrou que episódios recentes, como os incêndios no Piódão e em Satão, resultaram de fenómenos “de natureza excecional”.

De acordo com Marcelo Rebelo de Sousa, entre as mais de 50 ocorrências registadas, a maioria apresenta evolução positiva ou está sob monitorização, mas algumas, pela sua dimensão e contexto, continuam a ser “particularmente preocupantes”.

O Presidente reforçou que sexta-feira se destaca pela probabilidade de agravamento da situação, devido a fatores meteorológicos e físicos que, conjugados, poderão criar um cenário muito propício ao avanço dos incêndios.