A atriz espanhola Verónica Echegui morreu esta segunda-feira, aos 42 anos, vítima de cancro, em Madrid, cidade onde nasceu e cresceu.

Figura incontornável do cinema espanhol contemporâneo, Echegui destacou-se pela intensidade e versatilidade das suas interpretações, conquistando público e crítica desde a sua estreia marcante em 2006, no filme Yo soy la Juani, de Bigas Luna.

Ao longo da carreira deu vida a personagens complexas e inesquecíveis em filmes como El patio de mi cárcel, Katmandú, un espejo en el cielo e Explota Explota, sempre marcada pela capacidade de transitar entre a vulnerabilidade e a força, a dor e a luminosidade.

Mais do que atriz, foi também realizadora e criadora. A curta-metragem Tótem Loba revelou uma faceta autoral comprometida, transformando vivências e dores em arte, sempre com a coragem de dar voz a temas incómodos.

Nos últimos anos, expandiu o seu percurso às séries internacionais, consolidando-se como uma artista sem fronteiras. Fora do ecrã, era conhecida pela autenticidade e pelo gosto pela simplicidade da vida quotidiana.

Verónica Echegui foi companheira, durante mais de 15 anos, do ator Álex García, que conheceu durante as filmagens de Seis puntos sobre Emma.

Partiu cedo demais, mas deixa um legado de talento, coragem e intensidade que continuará vivo em cada obra que protagonizou.