A Junta de Freguesia de Oliveira de Azeméis acolheu a apresentação das listas de candidatos da Iniciativa Liberal (IL) aos órgãos autárquicos para as eleições de 12 de outubro. O evento, marcado pela presença do deputado da Assembleia da República, Mário Amorim Lopes.
O mestre de cerimónias foi Emanuel Bastos Pinto, mandatário da candidatura e sogro do candidato à Câmara Municipal, Ricardo Campelo de Magalhães, que rapidamente garantiu ter aceitado o convite sem ter pensado unicamente nos laços familiares: "Foi aceite por mim sem hesitações, não fosse pelo facto dele ser o marido da minha filha, mas honestamente não foi só por essa razão". Emanuel Bastos Pinto criticou que, "face ao trabalho realizado pela autarquia nos últimos anos, não se veem grandes melhorias no bem-estar da população oliveirense".
Mário Amorim Lopes elogiou o espírito empreendedor de Oliveira de Azeméis: "É de facto uma terra onde se arregaça as mangas, onde se faz e não se fica à espera de Lisboa ou do Estado Central”. O também vice-presidente da IL invocou o legado do comendador António da Silva Rodrigues como inspiração para o partido, afirmando que "Portugal pode ter um futuro melhor, que isto não é o nosso fado. Nós podemos ser um país que olha lado a lado, ombro a ombro para os países mais ricos da Europa".
O cabeça de lista à União de Freguesias de Oliveira de Azeméis, Santiago de Riba-Ul, Ul, Macinhata da Seixa e Madaíl, Nelson Pereira, explicou a sua filosofia liberal: "Eu acredito nas pessoas. Eu acho que as pessoas sabem o que é que é melhor para si, sabem o que é que é melhor para a sua família, sabem o que é que é melhor para os seus negócios". Apontou problemas locais como a ausência de um centro atrativo na cidade e a questão da qualidade da água, referindo que um estudo indicou que "90% dos poços e furos estão contaminados".
Nelson Alves, candidato à Assembleia Municipal, ilustrou a estagnação do concelho com exemplos do quotidiano, como contentores cheios e colchões abandonados. Declarou que "ao fim de oito anos [da presidência de Joaquim Jorge], o marasmo continua. No primeiro mandato viu-se alguma coisa, mas no segundo mandato, essa vontade e energia esmoreceram".
Ricardo Campelo de Magalhães, candidato à Câmara Municipal, afirmou a sua motivação: "Se estou aqui é porque Oliveira de Azeméis não está bem entregue ao PS, que é o PSD2". Destacou a dicotomia "município rico, munícipe pobre", exemplificando com o facto de "quase metade dos oliveirenses não tem saneamento" e o preço da água, “a segunda fatura mais cara do país". O candidato criticou a "força centrífuga" que leva os habitantes para concelhos vizinhos e o receio de represálias: "Quantas pessoas nos disseram: 'Ah, eu gosto muito de vocês, mas e pá, eu trabalho com a Câmara ou eu trabalho com funcionários da Câmara. É difícil".