
Um hacker britânico expôs um esquema chocante de plataformas online fraudulentas que ofereciam serviços de agressão, rapto e homicídio. O caso envolve um grupo de criminosos romenos que, através destes sites, enganavam pessoas dispostas a pagar para cometer crimes violentos.
Embora os crimes anunciados nunca tenham sido concretizados pelos criminosos, os pedidos eram reais. Pelo menos três cidadãos belgas terão encomendado crimes nestas páginas.
O hacker Chris Monteiro conseguiu infiltrar-se no sistema e provar que tudo não passava de uma fraude para roubar dinheiro, ainda que os riscos fossem elevados. Um dos pedidos intercetados dizia respeito ao homicídio de um homem em Namur, mediante o pagamento de 10 mil euros em bitcoins.
Noutro caso, um influenciador e culturista afegão residente em Ghent, com centenas de milhares de seguidores, foi alvo de uma tentativa de agressão encomendado por 2 mil euros. Apesar de não ter sido atacado, o carro do jovem foi vandalizado duas vezes.
“Não sei quem poderia ser essa pessoa. Tenho de ter muito cuidado e descobrir quem me quer fazer mal. Se acontece uma vez, é coincidência. Se acontece duas, já não é”, afirmou a vítima.
O hacker britânico sublinha que “os serviços eram falsos, mas os pedidos foram reais”. Nos registos que consultou, encontrou mensagens, pagamentos e instruções detalhadas.
Apesar de ser um esquema de fraude, houve pelo menos um caso trágico associado: a americana Amy Allwine acabou assassinada pelo marido minutos depois de ser avisada pelo FBI de que alguém tinha contratado um assassino para a matar através destas redes fraudulentas.