
Pedro Acosta regressa à glória: estrela da KTM desafia as probabilidades e conquista pódio em Balaton Park
Numa demonstração impressionante de resiliência, Pedro Acosta voltou a subir ao pódio do MotoGP, provando que os contratempos podem ser apenas o prelúdio de grandes regressos. O jovem espanhol, conhecido como o “Tubarão de Mazarrón”, não só manteve a sua sequência de resultados no top 3, como o fez contra todas as expectativas no GP da Hungria em Balaton Park, num fim de semana que parecia perdido. Depois de uma qualificação desastrosa no sábado — terminando em 17.º após uma queda — Acosta tinha pela frente uma corrida curta em clara desvantagem.
No domingo, a partir da 7.ª posição, mostrou-se imperturbável. Enquanto o colega Enea Bastianini se envolvia em incidentes logo no arranque, Acosta navegou pelo caos com frieza, ultrapassando rapidamente Luca Marini para se instalar em 4.º lugar. À medida que Marc Márquez disparava rumo à vitória, o espanhol encontrava o seu ritmo: primeiro ultrapassou Franco Morbidelli, depois Marco Bezzecchi, até cruzar a meta num formidável 2.º lugar, a apenas 4,3 segundos do imparável #93.
Em entrevista pós-corrida, um Acosta radiante fez um balanço sincero do fim de semana: “Mudámos o rumo. O que aconteceu ontem agora parece pequeno. Parecia fácil até sábado de manhã, mas depois da qualificação, da sprint e do warm-up, senti que o fim de semana tinha desmoronado.” Agradeceu ainda aos mecânicos, que reconstruíram duas motos novas de raiz após a queda: “Sem eles, hoje não teria sido possível.”
O espanhol destacou também a sua gestão com o pneu traseiro macio, opção escolhida por muitos rivais: “Foi tudo mental. Tivemos de gerir o ritmo e isso deu-nos vantagem. Desde Brno, com as alterações na afinação, consigo pilotar de forma mais suave e menos agressiva com os pneus. Estamos cada vez mais perto do objetivo, mas ainda há trabalho a fazer.”
Com o fim da temporada a aproximar-se, Acosta mantém os pés assentes na terra: “Não podemos ir demasiado depressa. O facto de as últimas três corridas terem corrido bem não garante que as próximas também o sejam. É fundamental melhorar continuamente, sobretudo no controlo das minhas emoções.”
A conversa intensa com o treinador Carmelo Morales foi essencial: “Não foi gritos, mas quase,” revelou. Morales sublinhou a importância de manter os pés no chão, mesmo nos fins de semana de alta performance: “Quando estamos acima do nosso nível habitual, é crucial manter a calma e fazer uma boa volta de qualificação sem transformar tudo em caos.”
À medida que Acosta evolui e se adapta, os fãs do MotoGP aguardam ansiosamente o próximo capítulo. O palco está montado para um final de temporada eletrizante e, a julgar pelo que mostrou em Balaton, não há limites para o que o Tubarão pode alcançar.