O incêndio que entrou no concelho de Chaves, proveniente da Galiza, chegou à fase de “rescaldo e vigilância” cerca das 02h00 desta quinta-feira, segundo declarou à agência Lusa o comandante sub‑regional do Alto Tâmega e Barroso, Artur Mota.

Apesar de não haver chamas ativas, “continuam no terreno mais de 300 operacionais para fazer esta vigilância porque temos muitos pontos quentes e um perímetro muito grande”, acrescentou o responsável. Às 06h30, estavam mobilizados 361 operacionais e 120 meios terrestres.

Na manhã de quarta-feira (20), o fogo entrou em fase de resolução — confirmada às 10h35 — após “uma noite de muito trabalho”, com todos os meios empenhados e o uso de máquinas de rasto. No entanto, durante a tarde, houve uma forte reativação junto à zona empresarial de Outeiro Seco e próximo da Cocanha, numa reação potenciada por vento forte, com três frentes ativas em Vila Verde da Raia, Bustelo e Vila Meã.

Durante essa reativação, chegaram a arder toneladas de lenha empilhada na zona industrial. “Os bombeiros entraram, conseguiram travar por trás do armazém, mas ardeu esta parte lateral, ardeu tudo até cá em baixo. Da maneira como a reativação começou e como o vento começou a soprar… nunca pensávamos que ele viesse com tanta força e tão rápido”, relatou Emanuel Teixeira, proprietário de uma empresa na área. A Autoestrada 24 (A24) chegou a ser cortada por volta das 15h20, entre os nós do Casino e Vila Verde da Raia, devido à ameaça às empresas próximas.

Até ao final do dia (20), estima‑se que a área ardida rondasse os 5.000 hectares, abrangendo mato, floresta, olivais, soutos e vinha. Às 20h00, ainda havia duas frentes ativas — uma delas a ceder aos meios. No terreno, encontravam-se 500 operacionais, 158 meios terrestres e quatro meios aéreos.

Às 22h30, o combate evoluiu favoravelmente: as frentes ativas — em Cocanha e Bustelo — ardiam com “média intensidade” e o restante perímetro entrava em rescaldo. A A24 foi reaberta aos dois sentidos entre o Casino e Vila Verde da Raia

Imagem: TVI/CNN Portugal