
O Parque Ribeirinho de Portimão voltou a transformar-se no epicentro da música nacional com o Festival Mar Me Quer, que entre 14 e 16 de agosto atraiu mais de 29 mil festivaleiros, consolidando-se como um dos maiores eventos de verão do Algarve. O encerramento ficou a cargo de Plutónio, que reuniu milhares de vozes num espetáculo memorável.
O último dia arrancou às 20h30 com Insert Coin, que surpreenderam o público com uma entrada inesperada pelo exterior do palco e uma estética inspirada no universo arcade. Seguiu-se às 22h00 a atuação de Soraia Ramos, que fez do palco um espaço de emoção ao interpretar “Nha Terra”, dedicada a São Vicente, Cabo Verde, deixando muitos em lágrimas.
Às 23h30, Plutónio foi recebido em ovação e levou o público ao delírio com cada refrão, culminando num dos momentos mais fortes desta edição quando “Somos Iguais” ecoou em uníssono por todo o recinto.
O festival reforçou ainda a sua ligação ao ambiente e à arte local, com projeções de mensagens ecológicas e um mural criado pela artista algarvia Isa Neuparth, inspirado na “Grande Onda” de Hokusai, onde um polvo gigante combatia os resíduos de plástico e lixo deixados em mar agitado.
A edição deste ano ficará igualmente marcada pelo concerto dos Calema, que abriram o festival com a maior enchente dos três dias, e pelo regresso histórico dos Da Weasel, no segundo dia, que reuniram diferentes gerações em Portimão.
Em declarações finais, os promotores André Sardet e António Gomes destacaram a energia vivida nesta edição e deixaram a promessa de regressar em 2026 “com mais força e novas surpresas”.
Com um cartaz que cruzou diferentes estilos e gerações, o Mar Me Quer 2025 despede-se como uma das edições mais vibrantes de sempre, deixando em Portimão a marca de um festival que já é referência do verão português.