O país entra em alerta máximo a partir das 00h00 de domingo, 3 de agosto, numa resposta direta ao agravamento do risco de incêndio florestal em praticamente todo o território continental. A decisão foi anunciada pela ministra da Administração Interna, Maria Lúcia Amaral, que destacou a urgência de adotar medidas preventivas para travar possíveis ignições em cenário de temperaturas extremas, vento forte e baixos níveis de humidade.

Entre as medidas excecionais adotadas estão a proibição total do lançamento de fogo de artifício, queimadas, queimas e acesso a zonas florestais, com aplicação imediata em todo o território continental até às 23h59 de 7 de agosto.

Em Marinhais, a organização das festas locais decidiu agir com rapidez: antecipou a sessão de fogo de artifício para as 23h30 de sexta-feira, dia 2 de agosto, evitando assim infringir as restrições que entram em vigor à meia-noite. A informação foi publicada num comunicado oficial partilhado nas redes sociais.

“Contamos com a vossa compreensão e pedimos que partilhem esta informação”, lê-se no comunicado das Festas de Marinhais 2025, publicado esta sexta-feira.

A decisão tem gerado reações nas redes sociais, com alguns cibernautas a criticarem a antecipação e a questionarem a pertinência de manter o espetáculo pirotécnico, ainda que fora do período proibido. No entanto, a organização esclarece que pretende respeitar as normas legais e garantir a segurança de todos os participantes.

Este caso volta a levantar questões sobre a realização de eventos com fogo de artifício durante períodos críticos de risco de incêndio, um tema que ganha especial relevância à medida que os efeitos das alterações climáticas tornam os verões portugueses mais severos e imprevisíveis.

Com este episódio, reforça-se o apelo das autoridades para que todas as festividades cumpram rigorosamente as normas de segurança e demonstrem responsabilidade cívica perante o risco elevado de fogos florestais.