
O Chega Famalicão defende que o Hospital de Famalicão e o Hospital de Santo Tirso precisam «urgentemente de reforço de meios humanos, equipamentos e condições físicas»; que «é fundamental aumentar a capacidade de internamento, modernizar infraestruturas, garantir condições dignas para os doentes abandonados pelas famílias que acabam por ocupar vagas indefinidamente, e sobretudo dotar a unidade de especialidades críticas que salvam vidas». Acrescenta que os profissionais de saúde «têm dado provas de dedicação admirável», mas que isso, por si só, não é suficiente.
Além da reivindicação, o presidente do Chega e candidato à Câmara, Pedro Alves, critica o atual governo e os anteriores por «falha ao insistir em centralizar especialidades em vez de investir», na Unidade Local de Saúde do Médio Ave, «tornando-a mais completa e capaz de responder às necessidades reais da população»; isto porque considera que «a centralização apenas aumenta a insegurança de doentes e profissionais».
Esta tomada de posição, emitida em comunicado, surge na sequência de um problema de saúde do deputado do Chega, e candidato à Assembleia Municipal, João Pedro Castro, que teve de ser transferido para outro Hospital. «Este caso expõe de forma clara as fragilidades do nosso sistema de saúde, em particular da Unidade Local de Saúde do Médio Ave (ULSMAVE), que serve Vila Nova de Famalicão, Santo Tirso e Trofa», expõe Pedro Alves.
A direção concelhia do Chega diz ser «incompreensível que um centro hospitalar, com tamanha centralidade e abrangência populacional, continue sem acesso permanente a especialidades fundamentais, como cardiologia, oftalmologia ou otorrinolaringologia», principalmente aos fins de semana, feriados ou durante a noite, o que obrigará os doentes a serem transferidos.
O Chega não aceita que o argumento possa ser financeiro, alertando que também há custos significativos quando é necessário transferir os doentes para outros hospitais. «O que está em causa não são números, mas vidas humanas», sublinha.
«Até quando vamos permitir que a nossa saúde dependa da sorte e da boa vontade dos profissionais, em vez de depender de um sistema organizado, completo e justo?», interroga.