
A concentração de ozono de 180 ug/m3, definida como limiar de informação deste poluente, foi hoje ultrapassada nas estações de monitorização da qualidade do ar nos Olivais, concelho de Lisboa, e em Paio Pires, concelho do Seixal (Setúbal).
A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) de Lisboa e Vale do Tejo anunciou, em comunicado, que o valor de concentração de ozono foi ultrapassado naquelas duas estações de monitorização da qualidade do ar entre as 15:00 e as 16:00 de hoje.
Segundo a CCDR, para os valores de concentração observados, o ozono pode provocar alguns efeitos na saúde humana, especialmente em grupos da população mais sensíveis, como crianças, idosos, asmáticos e indivíduos com outras doenças respiratórias ou cardíacas.
“A exposição a este poluente afeta, essencialmente, as mucosas oculares e respiratórias, podendo o seu efeito manifestar-se através de sintomas como tosse, dores de cabeça, dores no peito, falta de ar e irritações nos olhos”, refere o organismo.
O valor de concentração de ozono de 180 µg/m³ (microgramas por metro cúbico), definido como limiar de informação para este poluente, foi ultrapassado nos Olivais em 02 ug/m3 para um total de 182 ug/m3 e em 12 ug/m3, em Paio Pires, num total de 192 ug/m3.
Durante o dia de hoje, enquanto esta situação se mantiver, é recomendável que os grupos da população mais sensíveis, que se encontrem nos locais afetados, reduzam ao mínimo a atividade física intensa ao ar livre e evitem a permanência no exterior, frisou ainda o organismo.
Mais de 110 municípios do interior Norte e Centro do país e da região do Algarve estão hoje em risco máximo de incêndio, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
O IPMA colocou em risco elevado quase toda a região do Alentejo e outros cerca de 30 municípios nos distritos de Faro, Setúbal, Lisboa, Santarém, Leiria, Coimbra, Aveiro, Porto, Braga e Viana do Castelo.
Sob risco moderado estão cerca de 30 municípios, quase todos no litoral do país, nos distritos de Setúbal, Lisboa, Leiria, Coimbra, Aveiro, Porto e Braga.
O Governo estendeu a situação de alerta até final do dia de sexta-feira, devido às previsões meteorológicas, que apontam para aumento da temperatura e risco agravado de incêndio rural.
A situação de alerta é justificada tendo como base dois motivos principais: a continuação de temperaturas elevadas em todo o país para os próximos dias e a diminuição de ignições devido às proibições determinadas.