Lua Vermelha, uma das séries de maior sucesso da SIC, está prestes a regressar ao ecrã após 15 anos. E Rui Porto Nunes não poderia estar a viver uma fase mais feliz ao voltar a interpretar o vampiro Afonso. Mas parece que há algumas diferenças e quem o diz é o próprio ator, que esteve à conversa com o site do Fama Show.
"É sempre bom voltar a um projeto que me diz muito", começou por dizer, acrescentando desde logo que, nesta Nova Geração, Afonso já não é vampiro. "Ainda me estou a habituar a não ser vampiro. Estou a descobrir este novo Afonso, é um processo", contou.
No que diz respeito ao aspeto físico, e até porque já se passou mais de uma década, o ator também revelou que há algumas mudanças. "Naquela altura, tinha emagrecido muito para fazer a personagem, agora optei por outra composição física. Até vou ter bigode", frisou.
"O Afonso tinha um transtorno por ser vampiro. Agora está feliz, é humano e sabe que não vai ter de viver para sempre", disse ainda, desvendando um pouco mais sobre a sua personagem, que, na altura, vivia um amor 'proibido' com Isabel (personagem interpretada por Mafalda Luís de Castro).
Ator guarda na memória gravações na Serra de Sintra
Ainda à conversa com o site do Fama Show, o ator recordou alguns bons momentos que viveu na altura das gravações. "Recordo as noites na Serra de Sintra, que foi o que mais me marcou. Toda aquela aura e mística que a serra tem. Era tudo muito vampiresco. Havia uma magia no ar, tinha uma envolvência e eu gostava imenso de lá estar. Foram seis meses muito bons", lembrou.
Na altura, com apenas 23 anos, houve um outro desafio que enfrentou ao dar vida a um vampiro. "O maior desafio foi dar vida a um vampiro de quase 200 anos no corpo de alguém que tinha 23. Na altura, não tinha assim tanta experiência de vida. O desafio foi passar para o outro lado, de alguém que já tinha vivido tantos anos", confessou.
"E o outro desafio foi interpretar um vampiro, porque os vampiros não existem. Ou será que existem?", acrescentou ainda Rui Porto Nunes, em jeito de brincadeira.
O que esperar de Lua Vermelha: Nova Geração?
Ao longo de mais de uma década, a estrela da ficção foi acompanhando todo o interesse que se manteve na série por parte dos fãs. É caso para dizer que não deixaram este projeto tão especial para Rui Porto Nunes morrer. "A 'Lua Vermelha' tornou-se num grande produto ao longo destes 15 anos, há até uma espécie de culto. Foi um projeto que envelheceu muito bem e há também muitos novos fãs", explicou.
"Há uma grande diferença entre o Rui da altura e o Rui de agora, mas acho que podem esperar uma grande aventura. É todo um mundo novo que não existia há 15 anos e que agora faz todo o sentido. Traz coisas novas e muitas surpresas", revelou.
E eis que desvendou mais alguns detalhes sobre o que os fãs podem esperar desta nova produção. "Como vai ser uma série mais curta, os acontecimentos serão muito mais rápidos do que os da altura. A ação demorava muito mais tempo na época, agora vai ter mais ritmo", disse.
Rui Porto Nuno faz balanço da carreira
Aproveitando a conversa com o site do Fama Show sobre o regresso de Lua Vermelha, Rui Porto Nunes fez também um balanço dos 15 anos após a série. "Mudou muita coisa na minha vida. Estive alguns anos ainda na SIC, fiz a novela 'Laços de Sangue' (2010), 'A Família Mata' (2011), 'Dancin' Days' (2012) e 'Sol de Inverno' (2013)", recordou.
"Depois, a certa altura, comecei a fazer mais séries e cinema e, mais recentemente, teatro. Tenho feito coisas diferentes e que me dão imenso gozo. Ainda fiz ali uns anos desporto de alta competição, percorri o mundo em grandes aventuras. Fui ao Brasil, África do Sul, Espanha, Madeira, entre outros. Foi muito giro. Foram 15 anos de muitas histórias que quase davam para fazer uma saga do 'Harry Potter'", completou.