
A edição deste ano do Vodafone Paredes de Coura ainda nem terminou, mas já se olha para 2026: a música regressa ao habitat natural do Alto Minho entre 12 e 15 de agosto do próximo ano, com um detalhe cósmico a prometer um início memorável.
Em conferência de imprensa de balanço, João Carvalho, diretor do festival, revelou que já tem "duas bandas praticamente fechadas" para a próxima edição, e mostrou-se visivelmente satisfeito com a singularidade que distingue o festival.
"A Lola Young chegou com uma crise de ansiedade e saiu daqui a dizer que esta foi a melhor terapia. A Zaho de Sagazan participou na cerimónia de encerramento dos Jogos Olímpicos e, de repente, diz que o melhor momento da carreira foi aqui. Paredes de Coura é isto. Digo com imodéstia: este é o melhor festival do país", afirmou João Carvalho.
O responsável máximo do Vodafone Paredes de Coura enalteceu o ambiente vivido ao longo dos quatro dias de festival, anunciando que passaram pelo recinto mais de 120 mil pessoas, uma média de 30 mil por dia.
"Temos um público absolutamente fantástico, com ternura, valores e princípios. Nos briefings diários, as autoridades dizem-me que não há incidentes nem roubos. Há muita solidariedade", acrescentou, orgulhoso.
"O céu de Paredes de Coura é igual ao céu de Berlim"
O primeiro dia da edição de 2026 promete ser ainda mais especial. Está previsto um eclipse solar quase total, visível a partir de Paredes de Coura, o que poderá transformar o arranque do festival num momento verdadeiramente inesquecível.
Vítor Paulo Pereira, presidente da Câmara Municipal de Paredes de Coura, aproveitou o momento para exaltar a região e o seu potencial criativo, traçando uma improvável comparação entre os céus de Coura e os da capital alemã.
"O céu de Paredes de Coura é igual ao céu de Berlim. O desenvolvimento das terras não depende da geografia, mas da capacidade de criar", afirmou.
O autarca sublinhou que o crescimento do festival, cuja primeira edição teve lugar em 1993, assenta sobretudo no espírito comunitário e no respeito mútuo, partilhando até uma história curiosa vivida em família:
"O festival não continua a crescer por ser perfeito. Já estamos fartos de perfeição. Continua a crescer porque há respeito pelas pessoas, há hospitalidade. Ainda ontem fui a minha casa e o meu irmão estava com duas pessoas estranhas em casa. Ofereceu-lhes um banho de água quente."