Esta segunda-feira, 25 de agosto, Filipa Nascimento publicou uma série de vídeos no Instagram para mostrar a sua indignação. Em causa está um episódio "surreal" vivido no supermercado, enquanto estava com a filha, Amélia, de dois anos, fruto do casamento com Duarte Gomes.

"Eu estava agora no supermercado com a minha filha, fomos nós as duas, e ela tem dois anos (...) Ela queria trazer uma embalagem de lenços para assoar, eu disse-lhe que não e expliquei porquê. Às tantas, chegámos a um consenso e ela ia deixar aquilo na caixa antes de pagar. Ela estava a brincar, eu estava a escolher umas coisas para trazer, e ela estava no corredor a brincar com o pacote. Pôs o pacote no meio do corredor e ficou à esquerda do pacote, a brincar, enquanto eu estava do outro lado a escolher. Estava a vê-la, mas estava assim mais de costas. Entretanto, uma senhora disse 'com licença', olhei para trás e disse 'olha amor, temos de sair que a senhora quer passar' e a Amélia não estava a querer sair", começou por explicar.

"Assim que me baixei e tentei explicar, a senhora vira-se e diz 'ou sai a criança ou sai a senhora para eu poder passar, com licença'. Eu levantei-me, não disse nada, e fui para o outro lado. Continuei a minha vida. Achei que a senhora foi um bocado rude e bruta porque, literalmente, isto demorou dez segundos e é uma criança de dois anos. Depois continuei a olhar para o que estava a olhar, com a Amélia à minha frente, e reparei que a senhora ficou a olhar para mim, mas eu nem liguei, continuei a fazer a minha vida", acrescentou.

No entanto, as coisas não terão ficado por aqui. "Eu pedi desculpa e vida que segue, só que a senhora de repente diz 'não há comentários' e começa a ir embora. Eu digo 'não há mesmo comentários' e assim que disse isto pensei 'eu não vou falar porque a senhora não falou suficientemente alto para a Amélia ouvir, portanto eu não vou chamar à atenção a uma coisa destas, estando com a minha filha não quero esta energia para nós'. Eu não tenho esse tipo de educação com a minha filha, de falar alto e de estar a discutir com pessoas, portanto não o vou fazer. Se a senhora tivesse falado alto, aí o caso mudava de figura", esclareceu.

"A senhora continuou a falar, já noutro corredor, mas a falar, mas a Amélia nunca estava a perceber, então eu não respondi, ignorei (...) Só ouvi 'que falta de educação' (...) Não vou puxá-la, não vou gritar, não vou fazer nada disso porque eu não sou essa mãe nem nunca vou ser (...) O facto desta senhora ficar tão ofendida por uma criança de dois anos não ter saído imediatamente da frente ou a mãe não a ter puxado, gritado, de imediato, transtornou-a tanto de modo a ela dizer que somos mal educadas, que não há comentários. Eu penso 'isto é tão triste'. Esta senhora provavelmente educou os filhos com violência, com brutidão, com gritos, não sei. Hoje em dia, com tanta informação e provas dadas que esse tipo de educação não é o melhor, por várias razões, porquê este tipo de reação? A senhora devia ter os seus 65 anos, é uma pessoa nova, não há desculpas", continuou.

"Fico triste por perceber que ainda existem pessoas assim, que estão infelizes, descarregam nos outros sem necessidade (...) Fiquei mesmo revoltada", assumiu. "As crianças de hoje vão ser os adultos do futuro e as crianças de hoje aprendem connosco. Vamos ser mais empáticos", apelou, referindo que, ao mesmo tempo, ficou "feliz e orgulhosa" porque consegui controlar-se pela filha. "Isto são as Karen, acho que existem muitas Karen em Portugal, afinal", frisou. Nos EUA, o termo 'Karen' é frequentemente usado em memes para descrever mulheres brancas que agem de forma arrogante, extremamente exigente ou excessivamente intrometida em situações do dia a dia.