De férias com a filha, Sandra Felgueiras divertiu-se num parque aquático no Algarve. Fala da cumplicidade com Sara, dos hábitos em férias, revela o segredo para o sucesso do Exclusivo e não fugiu à polémica com Joana Marques e os Anjos.

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“A liberdade de expressão é um direito de todos”

Recentemente viu-se envolvida em polémica quando defendeu o seu ponto de vista publicamente, no caso dos Anjos e de Joana Marques. Como lida com isso?
Lido muito bem. Porque tudo aquilo que escrevo, subscrevo e digo de forma muito consciente e pensada. Na verdade, acho que o termo ‘polémica’ nem é bem aquele que me define, pois não tenho problemas em dizer o que muita gente pensa, na verdade tenho muitos colegas que pensam o mesmo que eu, que conhecem os meandros das questões, mas inibem-se de expressar por medo de criar polémica ou o tal ‘sururu’. No que diz respeito ao caso dos Anjos, o que escrevi não teve nada de pessoal e não escrevi para os defender. Aliás, estou convencida de que eles vão perder este caso em tribunal e que foi um disparate terem levado este caso para a barra do tribunal. O humor não se pode julgar no tribunal. O que me indigna é que as pessoas nunca se ponham do lado de quem é gozado ou humilhado, especialmente quando o humor entra no domínio da maledicência, e eu entendo que a Joana Marques tem muitos momentos assim. Não temos de ter todos a mesma capacidade de encaixe. Já tolerei que dissessem mal dos meus e digo que é das coisas mais dolorosas que há.

Acusam-na de comparar a guerra com esta situação…
Quando falo, eu sei a audiência que tenho e eu meço cada palavra. Eu não fiz uma comparação com a guerra, lê-se nas entrelinhas o óbvio. O que eu queria dizer é que há um dano consistente quando estamos a atacar, reiteradamente, as mesmas pessoas. Este caso tornou-se isso, talvez porque eles tenham contribuído, não se ficaram e não deixaram morrer… Acho desnecessário é abrir guerra. Sou e serei sempre contra isso.

Gosta do humor de Joana Marques?
Quem não conhece o percurso dela, tem eventualmente, mais dificuldade em perceber o que eu estou a dizer. Tive colegas na RTP que me disseram ‘ainda bem que falaste’, porque se recordam de episódios. Eu sofro muito com as dores dos outros, e eu fiquei muito aborrecida por ver alguém ser humilhado quando está a fazer o melhor que pode o seu trabalho. Não gosto do humor da Joana Marques, ela é muito inteligente, nota-se perfeitamente, não lhe tiro mérito. Mas é uma questão de gosto, como as pessoas são livres de gostar ou não do meu estilo, nada contra. Ainda bem que há liberdade de uns gostarem de uma coisa e outros de outra. A liberdade de expressão é um direito de todos, não aumenta com a popularidade de cada um. Eu não gosto do humor da Joana Marques e sou livre de o dizer. Espero que este país não se transforme numa ditadura de likes em que ninguém pensa pela sua cabeça. Gozar com os outros sistematicamente só porque sim, sem abrir espaço ao diálogo, não se faz. É feio. E quem disser o contrário mente ou não conhece regras de boa educação. O humor só é humor quando tem graça. Não me rio das falhas profissionais dos outros.

Leia a entrevista completa na TV 7 Dias em banca.

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Texto: Ana Lúcia Sousa (ana.lucia.sousa@worldimpalanet.com) Fotos: Redes sociais, Impala