
A escolha dos elementos do conselho diretivo do Património Cultural está confirmada num despacho publicado hoje em Diário da República, assinado pela ministra da Cultura, Margarida Balseiro Lopes, e que produz efeito a partir de 24 de julho.
O investigador João Soalheiro tinha sido nomeado presidente do conselho diretivo em julho de 2024, pela anterior ministra da Cultura, Dalila Rodrigues, e substituiu no cargo o arquiteto João Carlos dos Santos.
A nomeação foi em regime de substituição, João Soalheiro candidatou-se ao cargo no concurso público que a Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (CReSAP) abriu em setembro de 2024, sendo agora confirmada a escolha pelo Governo.
O mesmo aconteceu com a vice-presidente do Património Cultural, a historiadora Ana Catarina Sousa, nomeada na mesma altura e em circunstâncias semelhantes às de João Soalheiro, tendo também concorrido ao concurso da CReSAP.
O percurso do gestor Filipe Campos Silva é diferente. Foi nomeado vice-presidente daquele organismo em abril deste ano, também em regime de substituição, ocupando o lugar de Ângelo Silveira, que pediu para cessar funções.
Também Filipe Campos Silva concorreu ao concurso da CReSAP e foi designado pela atual ministra da Cultura.
João Soalheiro, Ana Catarina Sousa e Filipe Campos Silva foram designados para o conselho diretivo por um período de cinco anos.
Em 2024, os primeiros meses de trabalho de João Soalheiro na direção do Património Cultural foram alvo de polémica, na sequência de uma denúncia anónima de trabalhadores que o acusavam de comportamentos alegadamente autoritários e intimidatórios.
A Inspeção-Geral das Atividades Culturais ainda abriu um processo de averiguação à conduta laboral de Soalheiro, mas acabou arquivado por falta de "indícios de qualquer ação ou orientação contrária à lei".
O instituto público Património Cultural é um organismo recente, que resultou da reestruturação da antiga Direção-Geral do Património Cultural concretizada em janeiro de 2024.
A extinção daquela direção-geral deu ainda origem à entidade pública empresarial Museus e Monumentos de Portugal, atualmente dirigida por Alexandre Pais.