
O Banco dos Países Baixos (DNB) decidiu aplicar uma coima de 2,6 milhões de euros ao bunq, um banco digital neerlandês, por falhas no controlo de lavagem de dinheiro. O bunq já contestou a multa e aguarda agora decisão.
De acordo com o comunicado do banco central, esta ação contra o bunq baseia-se em quatro processos em que o supervisor encontrou irregularidades que o banco não conseguiu explicar. O DNB examinou a forma como o banco monitoriza as transações de para clientes considerados de alto risco, onde encontrou “deficiências”. O banco central acredita que “sinais de possíveis crimes financeiros não foram investigados de forma suficientemente aprofundada, se é que foram de todo”.
Segundo o DNB, o bunq foi incapaz de explicar porque é que certas transações foram reportadas às autoridades como sendo suspeitas, mas outras semelhantes não. “Como resultado, houve o risco de transações suspeitas não serem detetadas, ou não serem detetadas a tempo, e de não serem reportadas, ou não serem reportadas a tempo”, esclarece o supervisor.
O banco central considera que o bunq não cumpriu o seu dever de proteger o sistema financeiro de dinheiro originário de ilegalidades e, “tendo em conta a severidade e extensão das deficiências nestes casos, o DNB considera que a multa imposta é tanto necessária quanto apropriada”, argumenta.
O DNB explica que, quanto mais severa e culpável for o incumprimento, mais rápida será a imposição de uma multa pelo banco central. Estas análises são feitas caso a caso, revela. “A dimensão do bunq e a sua capacidade de pagamento foram tidas em conta e o facto de que o bunq completou um programa de remediação para colmatar as deficiências encontradas após a mais recente análise do DNB foi ponderado a favor do banco”, adianta.