
O Novo Banco registou um lucro de 434,9 milhões de euros no primeiro semestre do ano – mais 17% do que no período homólogo – revelou nesta quinta-feira a instituição, em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Numa declaração que acompanha o comunicado, Mark Bourke, CEO do banco, refere: “Os resultados do primeiro semestre de 2025 continuam a demonstrar a força e a resiliência do nosso modelo de negócio. Este semestre incluiu um marco importante: o memorando de entendimento para a compra do Novo Banco pelo grupo BPCE, o segundo maior banco de França e o quarto maior banco europeu.”
A propósito do negócio, acrescenta que este “permitirá ao Novo Banco expandir a sua presença e capacidade de atuação, proporcionando os recursos necessários para continuar a apoiar as empresas e famílias portuguesas. Com esta aquisição, estamos não só a aumentar a nossa solidez financeira, mas também a reforçar a nossa capacidade de oferecer soluções inovadoras e personalizadas aos nossos clientes.”
Os recursos totais captados pelo banco aumentaram 8% nos primeiros seis meses do ano, atingindo os 42,5 mil milhões de euros, impulsionados pelo crescimento dos depósitos de clientes, que subiram 4,1%, alcançando os 45,9 mil milhões de euros.
Do lado dos empréstimos a clientes (líquido), o banco emprestou 29,3 mil milhões de euros, mais 5% do que no período homólogo, o que garantiu uma quota de mercado global de 9,3%. No segmento das pequenas e médias empresas (PME), a quota foi de 18,2%.
Os chamados créditos não produtivos (NPL) registaram uma redução de 1,1%, situando-se nos 855 milhões de euros. As provisões para empréstimos a clientes também diminuíram, totalizando menos 58,5 milhões de euros face ao mesmo período do ano anterior.
A margem financeira totalizou 558,8 milhões de euros, refletindo, por um lado, o aumento de 4,3% no valor médio dos empréstimos a clientes e, por outro, uma estratégia de cobertura proativa que permitiu compensar a descida da média da Euribor a seis meses em 152 pontos base (p.b.), em comparação com o período homólogo.
Os empréstimos brutos a clientes registaram um crescimento de 4% face a dezembro de 2024, situando-se em 30,2 mil milhões de euros, dos quais 58% foram concedidos a empresas, 35% em crédito à habitação e 7% em crédito ao consumo.
Em termos de rácios, o banco apresenta um rácio CET1 de 16,8% e um rácio de solvabilidade de 19,7%, o que, segundo a instituição, “evidencia a capacidade de geração de capital do modelo de negócio do Novo Banco e a disciplina na alocação do capital”.
Em maio de 2025, a instituição procedeu à redução de capital no montante de 1,1 mil milhões de euros.