
O banco italiano Monte dei Paschi di Siena (MPS) fechou o primeiro semestre com um lucro de 892,4 milhões de euros, uma queda de 23% face ao mesmo período de 2024. O banco mais antigo do mundo está neste momento numa demanda para conseguir comprar o rival doméstico Mediobanca, uma operação fora do normal pelo facto de o comprador ser mais pequeno do que o visado.
O lucro por ação do banco também teve uma quebra de 23%, fixando-se em 70,8 cêntimos, abaixo dos 92 cêntimos alcançados um ano antes. Em termos de rentabilidade, o MPS teve um RoTE de 15,6% nos 12 meses terminados em junho, menos 2,7 pontos percentuais do que no período terminado em dezembro de 2024.
O banco viu a margem financeira encolher 6,7%, totalizando 1,09 mil milhões, fruto da descida das taxas de juro do Banco Central Europeu. Já as receitas de comissões subiram 9,1% para 802,5 milhões. O rendimento total da empresa ascendeu a 2,05 mil milhões, um aumento de 1,1%. Do lado oposto, as despesas subiram 2%. O MPS conseguiu um rácio de eficiência de 45,9%, menos 0,4 pp do que no final de 2024.
A alienação de um portfólio de NPE no valor de 300 milhões é uma das operações que a instituição mais destaca nesta primeira metade do ano. Assim, o rácio líquido de NPE fixou-se em 2%, abaixo de 2,4% registados em dezembro. Já o rácio bruto de NPL caiu 0,6 pp para 3,2%.
Em termos de capitalização, o MPS reportou um rácio CET1 de 19,6% no final de junho, acima dos 18,2% do período homólogo. Já o rácio de capital total fixou em 21,8%, mais 1,3 pp do que no final de 2024. Por sua vez, o rácio LCR ficou em 168,7%, acima dos 166,5% de dezembro.
A Oferta Pública de Aquisição (OPA) do MPS sobre o Mediobanca começou em julho e vai até 8 de setembro. O banco fez uma proposta de 13,3 mil milhões em janeiro, que o banco visado tem contestado desde início. O Mediobanca, numa tentativa de impedir a OPA, está a tentar adquirir o Banca Generali, propondo entregar a sua participação na empres-mãe, a seguradora Generali.