
A Digital Biz, aceleradora de comércio digital de Lisboa gerida por um consórcio liderado pela AIP, já atribuiu 1232 vouchers a 723 empresas para efetuarem investimento na área digital, no montante de 1,2 milhões de euros.
De acordo com a AIP, 80% das empresas com os vouchers atribuídos pertencem ao comércio a retalho, restaurantes, serviços pessoais, agências de viagens e oficinas de reparação automóvel. Por localização, Lisboa, Sintra, Cascais e Vila Franca de Xira concentram 57% das empresas que beneficiaram dos vouchers. A AIP conclui que 69% destas tem um volume de negócios até 500 mil euros.
Em comunicado, a entidade liderada por José Eduardo Carvalho, admite que a aceleradora de comércio digital de Lisboa “começou a gerir o programa com um atraso de um ano e meio, mas a recuperação que ocorreu nos últimos meses dão fortes expectativas que os objetivos sejam executados”.
O programa, financiado pelo PRR, prevê um apoio subvencionado até dois mil euros a empresas de comércio e serviços da Área Metropolitana de Lisboa em investimentos digitais, onde se inclui a criação ou modernização de website, campanhas digitais nas redes sociais, sistemas de faturação digital, soluções de cibersegurança, soluções para marcação online, campanhas pay-per-click, loja eletrónica, seguimento de encomendas, QR codes dinâmicos, entre outras funcionalidades.
Citado no comunicado, o presidente da AIP, José Eduardo Carvalho, explica que as razões do atraso “prenderam-se com dois fatores. O primeiro, devido a questões formais e processuais relacionadas com o termo de aceitação do projeto. Foram elaboradas sete versões do termos de aceitação, naquele que deve ter sido um recorde nas candidaturas submetidas aos programas do PRR. O segundo foi motivado à falta de acordo entre o consórcio e a entidade que gere o programa sobre a utilização de uma plataforma de IA”. José Eduardo Carvalho detalha que “a metodologia e o modelo de trabalho da aceleradora de comércio digital de Lisboa assentou na plataforma de IA que foi construída especificamente para o projeto, mas não foi possível consensualizar a sua operacionalização com os técnicos da entidade. Aproveitamos alguns componentes da plataforma para constituir o CRM que gere o projeto”.
O presidente da AIP alerta ainda que é necessário proceder à “prorrogação dos prazos de execução do programa e dos procedimentos de alteração dos vouchers às empresas com o objetivo de atingirmos as metas traçadas. Temos boas indicações de que o novo governo está a trabalhar nessas alterações e há expectativas que irão contribuir para aumentar a adesão ao programa”.
O consórcio que gere a Digital Biz é ainda constituído pela ANJE, Associação Comercial do Barreiro e da Moita, Associação Comercial e de Serviços e Setúbal, Associação Empresarial de Sintra e IDSET.