
Cerca de 71% das organizações analisadas num estudo da KPMG utilizam a inteligência artificial (IA) nas suas operações financeiras, sendo que 41% já a implementam de forma moderada ou significativa.
Um estudo divulgado pela KPMG nesta quarta-feira revelou que a crescente adoção de IA nas funções financeiras das empresas tem atingido importantes níveis de retorno de investimento (ROI), sendo que 57% dos executivos afirmam que superaram as expectativas.
As organizações analisadas foram classificadas em três níveis de preparação para a adoção de IA: líderes (24%), implementadores (58%) e iniciantes (18%).
Em abril de 2024, 40% das organizações localizadas em 10 países utilizavam a IA nas suas finanças de forma moderada ou significativa, sendo que este valor sobe este ano para 45%, segundo o estudo.
Além disso, a adoção da inteligência artificial generativa (GenIA) está a acelerar, com apenas 1% das empresas a declarar não ter intenção de a implementar, uma queda significativa face aos 6% registados anteriormente.
Empresas nos Estados Unidos, Alemanha e Japão lideram a adoção de IA, enquanto Espanha e Itália encontram-se ligeiramente mais atrás.
Os serviços financeiros lideram (29% das empresas são ‘líderes’), enquanto o setor da saúde apresenta menor maturidade (16%), sendo que as empresas com receitas superiores a 10 mil milhões de dólares tendem a estar mais avançadas (41% são ‘líderes’).
O estudo elenca ainda as barreiras que a utilização de IA pode gerar, como obstáculos de segurança de dados (57%), a falta de competência em IA (53%), dificuldades na recolha de dados (48%) e custos (45%).
Os ‘líderes’ corporativos destacam-se pela forma eficaz como superam estes obstáculos, enfatiza o estudo.
Para o sócio e responsável da consultora tecnológica KPMG Portugal, Rui Gonçalves, citado no comunicado, “este estudo confirma que a IA é um fenómeno global, adotado por equipas financeiras em vários mercados e setores”, acrescentando que o retorno de investimento torna a IA numa ferramenta muito poderosa.
O relatório sobre a aplicação da IA nas operações financeiras analisou 2.900 organizações em 23 países, complementando uma pesquisa que abrangeu 1.800 organizações em 10 países.
Agência Lusa