
A Cornelder, concessionária do Porto da Beira, centro de Moçambique, prevê investir 640 milhões de meticais (8,6 milhões de euros) na modernização e ampliação da infra-estrutura e aquisição de novos equipamentos, divulgou a administração da empresa.
“A nossa visão inclui a aquisição de novos equipamentos modernos para reduzir o tempo de manuseamento no terminal que engloba o tipo de carga contentorizada com maior segurança. Com estas inovações perspectiva-se transportar por ano, acima de 300 mil toneladas métricas”, disse o administrador-delegado da Cornelder, Jan De Vries, num encontro com um grupo de gestores de uma multinacional de logística, na Beira, província de Sofala.
De acordo com o gestor, o investimento prevê a aquisição de 30 empilhadoras e o aumento de armazéns, que ocupam uma área de três mil metros quadrados, o que permitirá duplicar o volume de cargas manuseado naquele porto, utilizado por países vizinhos para a importação e exportação de mercadorias.
Jan De Vries acrescentou que a Cornelder de Moçambique “tem em carteira diversos projectos inovadores para tornar o Porto da Beira como uma excelente plataforma logística”, não só para a província de Sofala, mas também ao nível da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).
O Ministério dos Transportes e Logística de Moçambique anunciou em Fevereiro, que estão em curso estudos para solucionar os problemas de congestionamento de camiões no acesso ao porto da cidade, um dos mais importante do país.
Em Outubro de 2023, o Governo moçambicano anunciou que pretende investir 290 milhões de dólares na expansão e modernização do Porto da Beira, um dos mais importantes de Moçambique e que serve outros países da região.
Nesse mesmo ano, os portos moçambicanos movimentaram mais de 63 mil toneladas de mercadorias, um aumento de 12,3% face a 2022, praticamente metade a partir de Maputo, segundo dados da execução orçamental a que a Lusa teve acesso, na altura.