A Sociedade Mineira de Catoca está a avaliar o nível de apuramento de informação geológica para avançar “rapidamente” com a exploração de ouro, como parte de um plano de diversificação mineral, revelou esta Quarta-feira, 27, o diretor-geral da empresa, Benedito Paulo Manuel.

Falando no segundo dia da Expo Catoca – 30 anos, evento que reúne Governo, investidores, parceiros estratégicos e comunidade empresarial sob o lema “Aqui, Onde os Diamantes Encontram a Comunidade”, o responsável destacou que a prioridade da companhia passa por consolidar a sua posição no sector, reforçando a qualidade operacional, a gestão e a responsabilidade social.

Entre os novos vectores de actuação, Manuel apontou a inovação e a transição energética, sublinhando que a entrada no ouro será uma “eleição prioritária” para assegurar o futuro da Catoca.

Com três décadas de operação, a mineradora é responsável por uma das jazidas mais importantes do país, desempenhando um papel determinante no sector mineiro e na economia nacional.

A mudança de foco surge num contexto de pressão sobre os preços dos diamantes brutos, que permanecem abaixo do esperado, conforme admitiu o administrador da SODIAM, Neves Silva, durante a abertura da Expo. Apesar dos avanços desde 2019, quando Angola começou a liberalizar e tornar mais atrativo o seu mercado diamantífero, os desafios de preço continuam a marcar o horizonte do sector.

Ao apostar na diversificação mineral e em novas frentes de exploração, a Catoca procura posicionar-se não apenas como líder na extração de diamantes, mas também como agente de transformação estratégica da mineração angolana.