Os empréstimos às famílias cresceram 2,4% em julho, o maior aumento desde abril de 2023 (face a 2,2% em junho). O crédito às empresas subiu 2,8% (2,7% em junho), registando igualmente o ritmo mais rápido desde junho de 2023, revelou nesta quinta-feira o Banco Central Europeu (BCE). A descida das taxas de juro e os sinais de uma ligeira recuperação económica na zona euro podem explicar estes desenvolvimentos, refere a agência Reuters.

A evolução monetária na zona euro em julho mostra não só uma subida do crédito, mas também um aumento dos depósitos. A taxa de crescimento anual dos depósitos feitos por famílias foi de 3,4% em julho, contra 3,3% em junho. Já os depósitos feitos por empresas não financeiras aumentaram de 1,6% em junho para 2,7% em julho. Em sentido inverso, a taxa de crescimento anual dos depósitos feitos por fundos de investimento que não sejam fundos do mercado monetário caiu de 13,1% em junho para 6,3% em julho.

A taxa de crescimento anual dos pedidos totais de crédito a residentes da zona euro fixou-se em 2,1% em julho de 2025, contra 2% no mês anterior. O crédito ao governo geral subiu de 0,1% em junho para 0,6% em julho, enquanto a taxa de crescimento anual do crédito ao setor privado se manteve em 2,7%.

No que toca aos agregados monetários, a taxa de crescimento da moeda em circulação e dos depósitos overnight aumentou de 4,7% em junho para 5% em julho. Já a taxa de crescimento anual dos depósitos de curto prazo, excluindo depósitos overnight, registou uma queda de -0,8% em julho (contra -1% em junho). A taxa de crescimento anual dos instrumentos negociáveis diminuiu de 10,4% em junho para 6,4% em julho.