
Um total de 5.070 moçambicanos foram deportados pela África do Sul no primeiro semestre, mais 18% face ao mesmo período de 2024, indicam dados avançados pelo serviço de migração de Moçambique.
“Foram deportados da vizinha África do Sul 5.070 concidadãos nacionais, contra 4.295 do igual período do ano passado”, disse Carmen Mazenga, porta-voz do Serviço Nacional de Migração (SENAMI), na província de Maputo, referindo que, do total de deportados no primeiro semestre deste ano, 4.956 são homens e 114 mulheres, com idades entre 21 e 56 anos.
Segundo a porta-voz, nos primeiros seis meses de 2025, 5.018 moçambicanos foram deportados por permanência ilegal, 32 por caducidade do período de estadia, 12 por roubo, cinco por agressão física e três por desobediência.
A secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e Comunidade Moçambicana no Exterior, Maria de Fátima Manso, afirmou hoje que a África do Sul é o país que acolhe o “maior número de moçambicanos” no estrangeiro, referindo que a situação dos emigrantes naquela região “carece de algum acompanhamento” e ajuda face às dificuldades enfrentadas por parte do grupo, segundo uma auscultação feita pelas autoridades.
“Auscultamos os nossos compatriotas, encontramos alguns deles com dificuldades, e cabe ao país, neste momento, resolver esses problemas, mas nem todos os problemas iremos resolver sozinhos, contamos com a ajuda do próprio país acolhedor que é África do Sul”, disse aos jornalistas a responsável, à margem de um evento público, em Nampula, no norte de Moçambique.
A secretária de Estado avançou que decorre o registo e atribuição de documentos aos moçambicanos residentes na África do Sul, um processo que se vai replicar em outros países.
“Vamos continuar com esta missão em todos os pontos onde temos a nossa comunidade, um pouco por todo o mundo”, concluiu Maria de Fátima Manso, citado pela Lusa.