O Bola na Rede esteve no Sporting x Amarante da Taça de Portugal. Tiago Teixeira e Álvaro Madureira responderam à questão do nosso site.

O Bola na Rede marcou presença no triunfo do Sporting sobre o Amarante para a Taça de Portugal (6-0). No final do jogo, Tiago Teixeira, treinador adjunto dos leões, e Álvaro Madureira, técnico do emblema da Liga 3, analisaram a partida taticamente.

Bola na Rede: O Daniel Bragança jogou em zonas muito adiantadas do campo funcionando muitas vezes como mais um elemento a atacar a última linha do Amarante, lembrando inclusive um pouco o vértice mais avançado no losango do meio campo que vimos na equipa B. Queria perguntar-lhe como é que vê a função deste segundo médio do Sporting e qual o papel tático que lhe foi atribuído hoje?

Tiago Teixeira: Foi realmente uma dinâmica preparada para este jogo. Sabemos que muitas vezes vamos tentar montar com 3+2 e outras vezes com 3+1. A situação do segundo médio fazer de 10 é muito importante para nós, mas depende sempre das dinâmicas que queremos criar jogo após jogo. O Daniel Bragança teve esse papel hoje e cumpriu plenamente.

Bola na Rede: Pensando na complexidade e dificuldade dos desafios proporcionados pelo Sporting, tanto do ponto de vista defensivo como ofensivo, onde é que este jogo pode permitir ao Amarante crescer taticamente?

Álvaro Madureira: Hoje o jogo não é o ideal para balizarmos essa situação. Por muito bem organizados que estivéssemos, mais altos ou mais baixos, provavelmente o Sporting iria encontrar soluções para entrar na nossa organização defensiva. Contudo, somos uma equipa que tem de ter uma organização principalmente em bloco baixo melhor e acho que hoje, a espaços, estivemos bem. A alteração ao intervalo deu-nos maior conforto porque passámos a defender em 5-4-1 e antes estávamos em 5-3-2. Acho que nos deu algum conforto adicional. Com bola temos de ser uma equipa que queira ter a bola e ser protagonista porque só assim podemos valorizar os jogadores. Não podemos olhar para isto de uma forma redutora em que só os resultados interessam. Temos de olhar para o futebol, com a evolução que tem tido, como um negócio em que os jogadores são ativos. Têm que se valorizar e acho que as pessoas se valorizam quando são protagonistas e têm bola para se mostrar.