Entre 1979, altura da disputa da primeira Supertaça Cândido de Oliveira (ainda que durante dois anos de forma oficiosa) e 2013, o troféu erguido pelo capitão vencedor seguia a linha tradicional de uma taça em prata com base em madeira, onde se inscrevia o nome da competição. Pesava pouco mais de 3 quilos e media 53 centímetros.

Em 2013 a Federação Portuguesa decidiu inovar e pediu ao designer Nuno Duarte Martins, professor no IPCA (Instituto Politécnico do Cávado e do Ave), que imaginasse um conceito novo para o troféu.

Nuno Martins já tinha sido criador dos troféus que ainda hoje são entregues pela Liga aos vencedores da Liga 1 da Liga 2.

Da criatividade do designer resultou um troféu fora daquilo que era usual no mundo do futebol, fabricado com cristal da Marinha Grande, estrutura central que une duas peças assimétricas em prata, cada uma delas representando um dos contendores.

A presença da cruz de Cristo empresta-lhe o cunho de portugalidade e simbloza, ao mesmo tempo, o espírito de fair play e o equilíbrio competitivo, de acordo com testemunhos, ao tempo, do autor e de responsáveis da FPF.

Trata-se de uma peça original e de certa forma disruptiva, com meio metro de altura mas... cinco quilos de peso.

O manuseio destas peças não era habitual e na segunda ocasião em que o troféu foi entregue, em 2014, o guarda-redes do Benfica Paulo Lopes acabou por parti-lo durante os festejos junto dos adeptos encarnados, na baliza do topo Sul do Estádio Municipal de Aveiro, após triunfo no desempate por penáltis sobre o Rio Ave (3-2 após 0-0). A FPF entregou nova taça ao Benfica e ficou tudo bem, tal como a mão de Paulo Lopes, que não se livrou de um corte.

Pouco tempo depois de criada e tornada conhecida, a Supertaça Cândido de Oliveira foi objeto, inclusivamente, de prémios de design internacionais, com destaque para o Golden Award 2014, atribuído pela conceituada editora norte-americana Graphis no âmbito da publicação Graphis Design Annual.

O primeiro troféu da nova era foi erguido por Lucho González, capitão do FC Porto (clube-rei da competição), após o triunfo por 3-0 sobre o Vitória de Guimarães, em Aveiro. O último, até amanhã, seguiu para o mesmo museu.