
Daqui a muitos anos, quando Alberto Costa olhar para trás para a sua carreira - que se espera longa -, o lateral direito não esquecerá, certamente, o papel que o treinador Rui Borges teve na mesma. Afinal, foi o técnico luso, agora no comando do Sporting, que o lançou para os holofotes.
Para os mais distraídos, o jovem defesa começou a despertar as atenções do mundo futebolístico na época passada, quando foi promovido à equipa principal do Vitória SC, precisamente por Rui Borges. Na altura, os vitorianos dividiam o seu tempo entre as provas nacionais e a qualificação para a Conference League e o jovem Alberto aproveitou a rotação habitual nesses momentos para ganhar pontos. E de que maneira.
Juntos, acabaram por fazer apenas 18 jogos, entre todas as provas, mas a ligação ficou, sem dúvida alguma. De resto, Rui Borges cedo começou a distribuir rasgados elogios ao seu, então, atleta, prevendo um grande futuro.
Quis o destino, ditado pelos «deuses futebolísticos», que a sua parceria em Guimarães fosse curta, por «causa» de ambos. Rui Borges assumiu o comando do Sporting no final de 2024, enquanto Alberto Costa, pouco mais de um mês depois, no mercado de inverno, valeu largos milhões ao Vitória SC, com a sua mudança para a Juventus.
Contudo, já em janeiro de 2025, Rui Borges havia tentado, veementemente, reunir-se com o seu antigo pupilo, tentando a sua contratação para o Sporting. Acabou por perder essa luta, como hoje sabemos, mas não desistiu.
É que, este verão, com Alberto já em Turim, ao serviço da Vecchia Signora, Rui Borges, e o Sporting, voltaram à carga pelo jogador e as conversas pela sua contratação foram longas. No entanto, o FC Porto surgiu no «final» da corrida e ultrapassou o leão, acabando por contratar o jogador - que admitiu a ligação emocional ao clube - , num negócio que levou João Mário para a Serie A.
Vai uma assistência?
Olhando para o Clássico em si, o impacto de Alberto Costa foi evidente. Defensivamente foi coeso, apesar do golo leonino ter surgido do seu lado, permitindo muito pouco a Pote ao longo do jogo. Mas foi no ataque, a sua maior valência, que mais se destacou, confrontando
Ajudou a desbloquear o jogo e, juntamente com William Gomes, fez da asa direita a maior arma portista ao longo do jogo. De resto, a dupla acabou por estar envolvida na jogada do golo inaugural, apontado por Luuk de Jong, com Alberto a fazer a assistência - chegou às quatro no campeonato, igualando o líder Leonardo Lelo.
A sua passada larga é obviamente chamativa quando se vê o seu jogo, mas a facilidade com que se insere no último terço e na área adversária são dois dos pontos que mais diferenciam o seu jogo - e explicam a «luta» entre estes dois rivais pela sua contratação.