O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, abordou hoje com o primeiro-ministro de Portugal o envolvimento das empresas portuguesas na recuperação do país invadido pela Rússia e na produção conjunta de drones, convidando ainda Luís Montenegro a visitar a Ucrânia.

Numa mensagem divulgada na rede social X, o governante ucraniano revelou que discutiu com Luís Montenegro "o envolvimento das empresas portuguesas na recuperação da Ucrânia e na produção conjunta de drones".

"Concordámos que as nossas equipas explorarão exaustivamente todas as oportunidades disponíveis para tal cooperação", frisou.

Sobre a invasão russa da Ucrânia, os dois líderes abordaram "os esforços diplomáticos e o desenvolvimento de garantias de segurança".

"Na quinta-feira, a Coligação dos Dispostos reunirá para discutir os pontos de garantia de segurança preparados, e contamos com a participação de Portugal. Uma das principais componentes das garantias de segurança que vemos é a adesão da Ucrânia à UE (União Europeia). Concordámos que, neste caminho, não deve ser permitida qualquer divisão entre a Ucrânia e a Moldávia", frisou Zelensky.

Fonte política europeia disse hoje à agência AFP que a reunião vai decorrer em Paris, numa altura em que os esforços de Washington para pôr fim à invasão russa na Ucrânia parecem estar estagnados.

Esta chamada Coligação dos Dispostos reúne 30 países, incluindo Portugal, dispostos a fornecer garantias de segurança a Kiev para impedir uma nova agressão russa após o fim do atual conflito.

O Presidente ucraniano destacou ainda na sua nota que Portugal tem apoiado o país em guerra "desde o início".

"Sentimos isso verdadeiramente. Expressei a nossa gratidão por toda a assistência prestada, incluindo auxílio à defesa e financiamento para as Escolas de Super-Heróis, que permitem que os nossos filhos continuem os estudos enquanto recebem tratamento", destacou.

Volodymyr Zelensky sublinhou ainda que Luís Montenegro partilhou o "impacto dos grandes incêndios florestais em Portugal", manifestando solidariedade para com o povo português e desejando "uma rápida recuperação".

A Rússia lançou sua invasão à Ucrânia em fevereiro de 2022, o pior conflito armado na Europa desde a Segunda Guerra Mundial, que deixou dezenas, senão centenas, de milhares de mortos em ambos os países.