
Um dia negro para Bagnaia em Balaton Park: estarão as suas esperanças no campeonato em risco?
Num cenário surpreendente, Pecco Bagnaia, piloto da Ducati Lenovo, viveu hoje um pesadelo em pista, deixando adeptos e equipa em estado de choque. O italiano, que anteriormente mostrara bons sinais com a Panigale, teve uma luta inglória durante as sessões de treinos em Balaton Park. O resultado foi desastroso: ficou fora da Q2 e terminou apenas em 14.º lugar.
A frustração de Bagnaia era evidente ao refletir sobre o desempenho: “Sinceramente, antes do fim de semana, depois de testar aqui a Panigale, já sabia que seria difícil com a GP25”, admitiu, expondo os desafios que tem enfrentado esta época. “Este circuito tem curvas complicadas, onde travar e virar bem a moto é fundamental — e é aí que tenho tido mais dificuldades. A equipa sabia dos meus problemas, mas continua a ser difícil de aceitar.”
O dia tornou-se ainda mais amargo quando comentou os seus tempos por setor: “Queríamos entrar no top 10, mas o meu último setor foi péssimo e isso custou-nos caro. O ritmo geral é fraco e a sessão de amanhã vai ser crucial. Se não melhorarmos, teremos uma corrida muito dura.” Ainda assim, tentou ver o lado positivo: “A boa notícia é que, do treino da manhã para a tarde, reduzimos a diferença para metade e ainda temos mais uma sessão para trabalhar nos problemas.”
As suas declarações também revelaram o peso psicológico de ter Marc Márquez constantemente a superá-lo dentro da mesma garagem: “É difícil quando o teu colega de equipa consegue extrair tudo da moto”, reconheceu, sublinhando, no entanto, o valor do apoio da sua equipa técnica: “O suporte da minha equipa é fundamental enquanto procuramos soluções neste traçado tão exigente.”
Bagnaia foi ainda claro quanto às limitações da nova Ducati: “É difícil mudar o ADN da moto. É como pedir à GP23 para ter um motor sem potência. É complicado, mas acredito que podemos encontrar soluções que aliviem estas dificuldades.”
Apesar da pressão crescente, o bicampeão não baixa os braços: “Mudei definitivamente a minha perspetiva sobre a GP25 desde o início do ano. Tentámos de tudo, mas nunca me senti totalmente confortável, e isso torna difícil levar a moto ao limite”, confessou, revelando a luta constante por consistência.
Com o fim de semana de corrida a avançar, todas as atenções recaem agora em Pecco Bagnaia: será que conseguirá ultrapassar o revés e dar a volta por cima? Com a luta pelo título ao rubro, as apostas nunca foram tão altas. Bagnaia terá de se erguer ao desafio — o relógio para a redenção já começou a contar.