
Marc Márquez expõe as dificuldades e oportunidades do traçado húngaro à entrada para o MotoGP da Hungria
No sempre imprevisível Balaton Park, Marc Márquez voltou a mostrar porque é um dos principais candidatos à vitória. O piloto da Ducati Lenovo terminou em segundo na tabela de tempos atrás do explosivo Pedro Acosta, mas deixou claro que tem um ritmo de corrida assustador para os adversários. Com um registo de 1m37.753s em pneus médios com 17 voltas, Márquez não só garantiu o décimo lugar como assegurou a passagem direta à Q2, sem sequer recorrer a borracha nova.
A luta é renhida: Márquez ficou a apenas 0.006s de Acosta, que brilhou com pneus novos. O espanhol da KTM também mostrou força em pneus usados (15 voltas), rodando em 1m38.012s. Mas, enquanto Acosta apostou num pneu traseiro macio, Márquez manteve-se fiel ao médio — uma estratégia que poderá ser decisiva no desenrolar do fim de semana.
Numa análise sincera, Márquez destacou os desafios únicos de Balaton Park e a dificuldade em manter consistência neste traçado exigente: “O ritmo é bom e, como sempre, a sensação com pneus usados é melhor do que com pneus novos”, afirmou, deixando no ar que ainda pode baixar tempos com macios usados no treino final de sábado.
Para o oito vezes campeão, a precisão é a chave: “Este é um circuito muito, muito diferente, onde outras motos conseguem curvar de forma muito apertada — e isso é muito importante”, sublinhou, reforçando a importância da escolha de pneus e de afinações minuciosas. “É uma pista bastante difícil, sobretudo para encontrar forma de ser constante, sem exagerar”, acrescentou, chamando a atenção para a necessidade de tática refinada.
À procura de prolongar a sua incrível série de 12 vitórias consecutivas no Sprint, Márquez sabe que a margem de erro é mínima: “É um circuito super pequeno, onde é difícil fazer a diferença”, comentou, prevendo tempos incrivelmente próximos na qualificação. O duelo de sábado promete ser um dos mais disputados da época.
Do outro lado da garagem, Francesco Bagnaia não conseguiu acompanhar o ritmo e terminou apenas em 14.º, aumentando ainda mais a pressão dentro da Ducati.
Com o ambiente carregado de expetativa e cada milissegundo a contar, todas as atenções estarão em Márquez, que tentará decifrar os segredos de Balaton Park e transformar consistência em mais uma vitória.
À medida que o MotoGP da Hungria se aproxima, a tensão é palpável e o mundo das corridas está em suspense. Conseguirá Márquez conquistar as complexidades de Balaton Park ou será Acosta a roubar o protagonismo? A resposta chegará num fim de semana que promete pura eletricidade em pista.