Nascido nos Países Baixos, mas com ascendência dominicana, Cristian Pablo Mañón Paulino é a mais recente adição ao plantel portista. Proveniente do Nice, onde chegou a ser orientado por Francesco Farioli, Pablo Rosario chega à invicta com o aval do técnico italiano.

Está encontrado o herdeiro da camisola 13 dos dragões, que tinha sido deixada livre por Wenderson Galeno, sendo que as semelhanças se esgotam mesmo no número que envergam. O médio dominicano vai desempenhar o papel de âncora no meio-campo, introduzindo intensidade no jogo portista e funcionando como elemento de ligação entre a defesa e os médios mais ofensivos.

Rosario fez toda a formação nos Países Baixos e estreou-se na segunda liga neerlandesa com apenas 18 anos, ao serviço do Almere City. Exibições de elevada qualidade levaram-no às seleções jovens da laranja mecânica e valeram-lhe uma transferência para Eindhoven, onde começou por alinhar na equipa B do PSV. Estreou-se na Eredivisie pela mão do ex-internacional neerlandês Philip Cocu e partilhou o relvado com Luuk de Jong, que agora reencontra no Dragão. Em 2025, tomou a decisão de representar a seleção principal da República Dominicana, pela qual já soma 5 internacionalizações.

Durante a sua estadia na Côte D’Azur, somou 149 partidas e registou quatro golos e cinco assistências. Mas não é com as estatísticas ofensivas que o FC Porto justifica a opção de contratar Pablo Rosario. Com um físico possante, o novo 13 dos dragões impõe-se nos duelos e demonstra grande capacidade para segurar o esférico. Para um médio defensivo, tem também um passe curto apurado, que utiliza frequentemente na transição defesa-ataque, assumindo assim alguma importância em termos ofensivos.

Farioli já realçou a polivalência de Pablo Rosario que, em caso de necessidade, poderá assumir qualquer posição no miolo do terreno de jogo. Com 28 anos, encontra-se praticamente no pico de carreira, o que não impede que haja aspetos a melhorar. A sua tomada de decisão sob pressão tem margem para progressão, algo que poderá tornar-se evidente nos encontros contra adversários mais exigentes.

No 1 vs 1 defensivo tem também lacunas a ser colmatadas, o que se comprovou no lance frente ao sportinguista Luis Suárez, que o tirou da frente com relativa facilidade para desferir um remate potente e perigoso para a baliza de Diogo Costa.

Não sendo um primor técnico, Pablo Rosario poderá revelar-se fundamental quando for necessária uma presença imponente no meio-campo. Por 3,75 milhões e no contexto de mercado atual, parece à partida mais um bom negócio da administração de Villas-Boas, que adiciona profundidade (indispensável) ao plantel.

Poucos dias depois da sua contratação, foi lançado no clássico de Alvalade e cumpriu. Numa altura em que o domínio do jogo parecia fugir aos dragões, Rosario pôs alguma água na fervura e ajudou a segurar o meio-campo. A sua presença não ter dado muito nas vistas é o melhor elogio que se pode fazer a um elemento que, quase sem ter treinado com os colegas, pareceu entrosar-se bem na formação azul e branca.

Com a saída de Tomás Perez em cima da mesa, Pablo Rosario chega para ser a principal alternativa a Alan Varela e deixou uma boa impressão nos primeiros minutos de dragão ao peito.