O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal do Brasil (STF), determinou esta segunda-feira a prisão domiciliária de Jair Bolsonaro por violação de medidas cautelares. O ex-presidente brasileiro utilizou redes sociais de aliados, incluindo dos filhos, para divulgar mensagens de apoio à intervenção estrangeira no poder judicial e ataques ao STF, desrespeitando a proibição de uso direto ou indireto de redes sociais.

Uma publicação feita no perfil do senador Flávio Bolsonaro foi posteriormente apagada, mas serviu como prova para Moraes, que considerou que Bolsonaro infrigiu deliberadamente as restrições impostas em julho, no âmbito do processo em que é réu por tentativa de golpe de Estado.

Agora, além do confinamento domiciliário em Brasília, Bolsonaro está proibido de receber visitas, excepto familiares próximos e advogados, e teve todos os telemóveis recolhidos pela Polícia Federal. Moraes justificou a decisão afirmando que o ex-presidente manteve influência ativa no debate político digital e que medidas mais severas são necessárias para impedir a continuação das infrações.