A saída de Luís Neto, mas sobretudo de Coates, pela importância do capitão, dentro e fora de campo, por ser uma das referências de Rúben Amorim desde a sua chegada a Alvalade, obrigou o leão a renovar-se naquele que é um dos setores fundamentais no sistema idealizado pelo técnico leonino. Falamos da escolha do trio defensivo, por norma, onde toda a ideia de jogo do treinador começa. Foi, por isso, uma área considerada prioritária na renovação do plantel.

A chegada de Debast, jovem internacional belga de apenas 20 anos, já foi pensada com esse novo figurino. Saiu Neto, entrou um jovem, com excelente saída de bola, boa condução, possante em termos físicos, com experiência em jogos de elevado grau de dificuldade, obrigando a um investimento elevado (€15,5 milhões mais 5,5 de variáveis), mas com margem de crescimento e evolução para um retorno financeiro a curto/médio prazo. Um upgrade no trio de centrais pela direita onde, convém lembrar, existem mais duas soluções no plantel: St. Juste e Eduardo Quaresma.

Porém, olhando para o potencial do central, que recentemente esteve no Euro 2024, e confiança depositada por Amorim, o belga parte na frente da concorrência e no trio de defesas idealizado por Amorim, que vão constituir o núcleo duro para grande parte da época, será o belga a ocupar este lugar.

DIOMANDE É O 'NOVO' COATES

Sobram duas vagas, as quais, contam com dois candidatos que já ‘reservaram’ um lugar no trio idealizado por Amorim. Com destaque para Diomande. O central, de 20 anos, é o escolhido pelo técnico para ser o novo patrão do eixo. O costa-marfinense, que já foi opção nos primeiros testes de pré-época (Estoril e St. Gilloise), está na linha da frente para ser o novo patrão do eixo defensivo, assegurando, dessa forma, a passagem de testemunho de Coates. Depois de ter sido associado ao futebol inglês, Diomande está seguro no leão e uma saída, nesta fase, do central que tem uma cláusula de €80 milhões, está riscada. É para ficar, valorizar e ser peça decisiva.

Um reforço do estatuto, época e meia após a chegada a Alvalade, num jogador que, com Coates, foi (quase) sempre utilizado pela direita deste trio. Com créditos (mais) que firmados continua Gonçalo Inácio, eleito um dos capitães para esta época. Aos 22 anos, num dos melhores momentos da carreira, o central é visto por Amorim como um dos intocáveis. É, ainda assim, aquele que gera ainda apreensão nas movimentações de mercado. Porém, apesar de algumas abordagens, ainda não chegaram propostas concretas a Alvalade e o defesa, blindado com cláusula de €60 milhões, está nas contas do treinador que lhe prepara papel de maior influência sobretudo na liderança. Inácio é dono e senhor desta vaga neste trio, na esquerda.

Três jogadores que partem na linha da frente (Eduardo Quaresma, St. Juste e Matheus Reis são concorrentes no plantel) para o primeiro jogo a doer da temporada (dia 3 de agosto, na Supertaça com o FC Porto). Destes três, uma particularidade. Todos foram soluções (e têm rotinas) nestas três vagas do trio defensivo. Mas a linha base, a principal função de cada um deles, essa, está já definida...