Se no ano passado o Chelsea era o segundo clube que mais tinha investido na totalidade do plantel, sendo apenas superado pelo Manchester United, na quarta-feira, o CIES — Centro Internacional de Estudos Desportivos — publicou um estudo no qual revela que os blues ultrapassaram os red devils nesta estatística… e com um valor nunca antes registado na história do futebol.

No total, os londrinos gastaram 1263 milhões de euros em transferências para o atual plantel — cujo montante engloba empréstimos, assim como futuras cláusulas a pagar, caso certos objetivos sejam cumpridos. Ou seja, os 36 jogadores que Enzo Maresca tem ao dispor custaram aos cofres do clube inglês os tais 1263 milhões de euros.

E isso também pode ser explicado pelos 238,5 milhões desembolsados para as onze transferências efetuadas só neste defeso, nas quais se incluem as contratações de Pedro Neto (60 M), João Félix (52 M) e a de Renato Veiga (14 M).

'Top'-10 dominado pela Premier League

Sem grandes surpresas a Premier League continua a ter os plantéis mais caros. Só no ‘top’-10 estão sete da emblemática liga e apenas três fora deste campeonato entram nesta elite. Adivinha quais? PSG, Real Madrid e Juventus, mas já lá vamos.

A concluir o pódio, atrás do Chelsea e do Manchester United, encontra-se o Manchester City de Pep Guardiola, cujo plantel custou 1017 milhões de euros, o que significa que são três as formações que ultrapassam os mil milhões. A partir daí há um notável fosso. Em quarto e quinto surgem mais dois clubes londrinos - o Arsenal (798 M) e o Tottenham (787), respetivamente - a roçarem a marca dos 800 M e só depois aparece o campeão francês, o PSG (772).

O Liverpool gastou 735 M - valor que os coloca em 7.º - e, curiosamente, mais 15 do que o Real Madrid (720), em 8.º, que se reforçou neste mercado com Kylian Mbappé, a custo zero, e Endrick, a troco de 47,5 milhões de euros. Já abaixo dos 700 M e a fechar o ‘top’-10 estão os plantéis do Newcastle (683) e da Juventus (626), único representante da liga italiana.

Mas o domínio britânico não se fica por aqui. O estudo engloba os 100 plantéis mais custosos da atualidade e nele estão os 20 (!) que competem na Premier League, sendo o mais barato o do Ipswich Town (166), um dos três recém-promovidos.

São números que indicam o elevado poder económico que os conjuntos britânicos têm relativamente às outras ligas e se agregarmos os custos que cada um teve para construir um plantel chegados ao astronómico valor de 10,823 milhões de euros.

Al-Hilal sobe na lista

Fora das ditas cinco melhores ligas internacionais – inglesa, espanhola, italiana, alemã e francesa -, Jorge Jesus continua a dispor do conjunto de jogadores mais caro. O Al-Hilal da Arábia Saudita, país que nos últimos dois anos tem atraído cada vez mais jogadores devido aos chorudos contratos que é capaz de oferecer – muito em parte o fundo de investimento público (PIF) -, tem agora o 13.º plantel mais caro do planeta (485 M).

São quase 500 milhões de euros investidos, com destaque para os 90 dispensados para a transferência de Neymar, porém, relativamente ao ano passado, foram injetados mais 103. 25 destes garantiram a contratação do português João Cancelo, mas a maior fatia deste bolo foram os 40 milhões enviados para os cofres da Luz, de forma a assegurar a transferência de Marcos Leonardo.

O Al Nassr de Cristiano Ronaldo, por outro lado, tem uma equipa cujos gastos foram quase metade do que os rivais. Com apenas 270 milhões, a formação orientada por Luís Castro situa-se em 35.º na lista, mas, ainda assim, está à frente do Al Ittihad (224 M), em 40.º.

E os clubes portugueses?

É precisamente atrás da equipa orientada por Laurent Blanc, em 41.º, que aparece o primeiro emblema português, o Benfica. E agora que já há novo treinador para suceder a Roger Schimdt no comando das águias, o português Bruno Lage, há uma coisa que já tem como certa: vai ter um plantel que custou aos cofres da Luz 216 milhões de euros.

Um valor 29 M acima do que o Sporting (187 M) injetou na formação que tentará conquistar o bicampeonato que escapa ao clube de Alvalade há mais de 70 anos — a última vez foi em 1951/52.

De resto, no que toca a portugueses, na lista surge só mais um: o FC Porto, em 52.º. Com os €168 milhões investidos em jogadores ao dispor de Vítor Bruno… os dragões gastaram apenas mais dois milhões do que o Ipswich, a mais barata equipa da Premier League.