A próxima temporada da Fórmula 1 trará várias novidades. Os regulamentos mudam, os carros serão mais curtos, pequenos e leves, o DRS será coisa do passado.

Mas haverá também alterações na grelha. A Sauber assumirá definitivamente a designação Audi e pela primeira vez desde 2016 haverá 11 equipas e não dez, com a chegada da Cadillac. E depois de meses de hipóteses e especulações, o fabricante norte-americano optou por jogar pelo seguro, ou melhor, pela experiência.

Valtteri Bottas e Sergio Pérez foram anunciados esta terça-feira como os donos dos dois volantes da Cadillac, no que será um regresso à Fórmula 1 para ambos os pilotos. O finlandês, atual piloto de testes da Mercedes, saiu da grelha há um ano, após três temporadas na Alfa Romeo, posteriormente Sauber. Já o mexicano foi um dos muitos lesados da maldição do segundo carro da Red Bull, deixando a equipa das bebidas energéticas também na última temporada.

Em conjunto, Bottas e Pérez, ambos com 35 anos, trazem o calo de 527 corridas entre os dois e 16 vitórias em grandes prémios. Ambos assinaram contratos “plurianuais”, com a Cadillac, como é norma na Fórmula 1, a não especificar a duração.

“Assinar com dois pilotos com tanta experiência como o Bottas e o Checo é um sinal forte das nossas intenções. Eles já passaram por tudo e sabem o que é preciso para ter sucesso na Fórmula 1”, explicou Graeme Lowdon, que liderará a equipa, sublinhando ainda que “mais importante” na escolha dos dois pilotos foi a noção de que ambos “entendem o que é ajudar a construir uma equipa”.

“A sua liderança, feedback, instintos de corrida e, claro, velocidade, terão um valor incalculável no momento em que trazemos esta equipa à vida”, apontou ainda o responsável.

Ao trazer de novo Bottas para o Mundial, a Cadillac sabe que terá nas mãos um piloto rápido e com experiência em projetos vencedores, ele que ajudou a Mercedes a vencer o Mundial de construtores entre 2017 e 2021, ao lado de Lewis Hamilton. Já Sergio Pérez, além da tarimba de muitos anos na Fórmula 1, traz a ligação ao continente americano e o investimento mexicano. “Acredito que podemos moldar esta equipa e torná-la um verdadeiro candidato, a equipa das Américas”, sublinhou Pérez.

A entrada de mais uma equipa americana, depois da Haas, será mais um ímpeto para um mercado onde a Fórmula 1 tem crescido muito e quer continuar a crescer. Na próxima temporada, os Estados Unidos voltarão a receber três corridas, em Miami, em Austin e em Las Vegas.