Há mais um caso de violência doméstica que está a chocar o país. A PSP da Madeira identificou um homem de 35 anos, em Machico, por agressões à mulher. O caso foi entregue ao Ministério Público, mas o agressor ainda não foi detido.

O homem foi identificado e o caso tornou-se viral na segunda-feira, mas ao início da tarde de terça-feira, o agressor continuava em liberdade.

Para que seja detido é preciso a PSP receber um mandado de condução ao Ministério Público ou um mandado de detenção fora de flagrante delito, uma vez que não foi apanhado pela polícia a agredir a mulher, explica a correspondente da SIC na Madeira, Marta Caires. Ainda não se sabe quando vai acontecer, mas deverá ocorrer em breve. Consequentemente, deverá ser ouvido pela polícia até quarta-feira.

A casa de família está a ser vigiada pela PSP. Enquanto o agressor estiver em liberdade e não forem aplicadas medidas de coação, será um risco para a mulher e para o filho, de nove anos, que tentou defender a mãe.

Depois de ter sido hospitalizada, a mulher está a viver em casa de familiares, que está sob proteção policial

Quem é o agressor?

O homem de 35 anos é bombeiro. Desempenhava funções de assistente administrativo nos bombeiros e era funcionário da Câmara Municipal de Machico.

Os Bombeiros de Machico reprovam a agressão, acrescentando que são "totalmente contra qualquer tipo de violência", e adiantam que os serviços jurídicos da corporação estão a "tomar os devidos procedimentos".

Agressões em frente ao filho

As agressões violentas aconteceram em frente ao filho, uma criança de nove anos, e foram filmadas por uma câmara de videovigilância.

Nas imagens, vê-se o homem a bater na companheira, enquanto o filho do casal tenta travar a agressão. Ouvem-se ainda gritos e choros. Ao DN Madeira conta que "ficou cego" ao ver "umas mensagens".

O caso está nas mãos do Ministério Público e foi também comunicado à Comissão de Proteção de Crianças e Jovens.

O apelo é para que se denuncie todos os casos de violência doméstica e para que as vítimas peçam apoio à segurança social. A Madeira tem casas de abrigo e existem 46 novas vagas para as mulheres e para os filhos.