
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, alertou esta segunda-feira, após uma visita à frente de Vovchansk, na região nordeste de Kharkiv, para a presença de combatentes de países africanos e asiáticos nas fileiras do Exército russo.
"Os nossos combatentes neste setor relatam a participação de mercenários da China, Tajiquistão, Uzbequistão, Paquistão e países africanos na guerra. Responderemos", escreveu Zelensky nas redes sociais, após visitar soldados do 17.º Batalhão de Infantaria Motorizada Separado na frente de Vovchansk.
Tanto a Rússia como a Ucrânia estão a empregar extensivamente combatentes estrangeiros nesta guerra.
Durante a sua reunião com os comandantes militares, Zelensky discutiu questões como o fornecimento de drones e o envio de novos efetivos.
O Presidente ucraniano condecorou ainda os combatentes que defendem o território ucraniano naquela parte da frente de resistência à invasão russa em grande escala, iniciada em fevereiro de 2022.
Zelensky intensificou a sua agenda de reuniões com militares e autoridades públicas após a crise desencadeada na Ucrânia no final de julho, devido à sua decisão, posteriormente revertida, de subordinar os órgãos anticorrupção a um cargo nomeado diretamente pelo Presidente, como sucede com o procurador-geral.
A zona de Vovchansk está localizada a apenas cinco quilómetros da fronteira com a Rússia e está praticamente arrasada pelos ataques aéreos das forças de Moscovo, que reabriram uma frente de combate na província de Kharkiv em maio de 2024, após terem sido repelidas nas semanas seguintes ao começo da invasão.