Tozé Brito faz parte do imaginário de várias gerações, autor de tantas canções que terão sido a banda sonora de muitas das pessoas que irão escutar este podcast.

Artista e empresário multifacetado, que além de músico, intérprete e compositor é também autor, produtor e editor, já foi chamado de “senhor Festival”. Já que esteve presente em doze edições como intérprete, compositor e autor. E três dos seus temas foram vencedores e representaram Portugal na Eurovisão.

TOMAS ALMEIDA

O seu percurso na música começa cedo. Aos 15 anos, já tocava viola no grupo Pop Five, no Porto. Depois, em 1969, com 18 anos, e a convite de José Cid, mudou-se para Lisboa, para ser o viola baixo da icónica banda Quarteto 1111.

Integrou também os Green Windows, lançou os Gemini - cuja primeira canção “Pensando Em Ti”, lhe valeu um prémio da Billboard pela composição - e criou o projeto da banda Doce que virou um fenómeno sério de popularidade nos anos 80.

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Depois de deixar os palcos no final dos anos 70, Tozé passou a estar na direção e gestão de várias editoras e multinacionais como a Polygram, BMG e Universal.

Criativo, perspicaz e com um olhar e ouvido certeiro para a música, foi o responsável por largas centenas de músicas de sucesso e dezenas de álbuns que ficaram para a história, de Carlos Paredes às Doce, passando por Paulo de Carvalho, Jorge Palma ou José Cid.

Pelo meio, há um sem fim de curiosidades deliciosas, como o facto de ter sido durante anos um dos autores dos textos humorísticos da personagem “Estebes”, imortalizada por Herman José, por ter criado êxitos para Vítor Espadinha, quando ele chegou a si sem afinar uma letra, ou ter escrito o tema perfeito para Adelaide Ferreira “mandar à fava” um amor falhado, com direito a malas postas à porta.

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Uma encomenda da própria, depois de um desaire amoroso, que lhe valeu a chegada aos tops com “Papel Principal”. Quantas vezes esta canção já curou corações estilhaçados? Tozé Brito conta neste podcast a história desta canção.

Aos 70 anos voltou a dar que falar com dois discos muito especiais, um deles a celebrar a amizade longa com José Cid, que resultou no álbum “Tozé Cid” e o outro que celebra as suas canções mais icónicas interpretadas por uma nova geração de músicos, como Benjamim, B Fachada, Samuel Úria, António Zambujo, Ana Bacalhau, Selma Uamusse entre tantos outros no disco “Tozé Brito (de) novo.”

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Um projeto feliz, que saiu da cabeça da sua mulher, a radialista Inês Meneses. Tozé falou com ela a primeira vez em 2017, quando ambos eram jurados do Festival da Canção e há anos que vivem uma relação de muitas trocas e cumplicidades. Será que com Inês ganhou uma vida extra e uma nova maneira de encarar o mundo e de inventar e cantar o amor e a música? Esta pergunta é-lhe feita também.

Tozé Brito é daquelas figuras que dão horizonte aos mais novos, pela pinta que continua a ter - dono das camisas e camisolas mais giras das festas - e por ser a prova de que não há idade certa para se viver novos amores, por não se abandonar às sopas e ao descanso. E Tozé fala neste episódio da relação que tem com o passar dos anos. E com essa vontade de nunca parar.

Ouçam-no aqui nesta primeira parte, que conta com um áudio surpresa de Inês Meneses.

Como sabem, o genérico é assinado por Márcia e conta com a colaboração de Tomara. Os retratos são da autoria de Tomás Almeida. E a sonoplastia deste podcast é de João Ribeiro.

A segunda parte deste episódio será lançada na manhã deste sábado. Boas escutas!